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ÁFRICA QUER CONTRIBUIR PARA A PAZ NA UCRÂNIA

Escrito por figurasnegocios

A esperada contra ofensiva Ucraniana começou. No momento da guerra há mais interrogações, informação e contrainformação.

Por outro lado, sete países africanos querem contribuir para a paz. A priori, sabe-se que a tentativa está condenada ao fracasso. Líderes da África do Sul, Comores, Congo, Egipto, Senegal, Uganda e Zâmbia afirmam-se empenhados na paz. O secretário-geral da ONU saudou a iniciativa. António Guterres salienta que todos os esforços, para alcançar a paz, são bem-vindos.

Contudo, no Ocidente, há desconfianças à quanto à equidistância dos Sete. As dúvidas centram-se em três aspectos interligados: a política de aproximação e cooperação da Rússia com países africanos; a proximidade temporal da cimeira Rússia-África, marcada para São Petersburgo, de 26 a 29 de Julho; e acontecer quando a Ucrânia desencadeou a contraofensiva.

Com bondade ou cinismo dos Sete, a proposta dos Sete está morta à nascença. A Ucrânia só negoceia após a devolução dos territórios ocupados. A Rússia não abdica do território ucraniano que anexou.

MATERIAL NÃO GARANTE VITÓRIA

A Ucrânia está a utilizar material bélico ocidental, tecnologicamente mais avançado do russo, mas isso não garante a vitória. Alegadamente, a Rússia está a recorrer a equipamento obsoleto e carestia de aparelhos.

Contudo, isso é referido há meses, porém o cenário desmente essa realidade.

O que acontece no terreno é imprevisível. No momento de fecho desta edição, era referido um avanço das tropas ucranianas. Mas é uma realidade fluída e a informação e «informação» existem. Yevgueni Prigozhin continua com um relacionamento tenso com as chefias militares russa.
Novos diferendos envolvem directamente Vladimir Putin. O presidente russo afirma que as perdas ucranianas aproximam-se do catastrófico.

Num vídeo, o líder do Grupo Wagner afirmou: «Na ofensiva, eles fazem as coisas competentemente. Estão a cortar certas áreas na direcção de Zaporijia e, ao mesmo tempo, estão a cobrir o seu flanco esquerdo. Estão a avançar com prudência e com calma. Perderam dois “tanques” Leopard e Bradley. São perdas de combate normais». Outra polémica relaciona-se com a vontade do poder político russo em submeter elementos do Grupo Wagner à ordem das forças regulares. Yevgueni Prigozhin respondeu duramente: «nenhum combatente do Grupo Wagner vai seguir o caminho da vergonha».

Paralelamente, o líder russo anunciou a criação dum grupo de trabalho para se encontrarem novas ideias para o que se passa na Ucrânia, declarações ao canal de televisão russo-Rússia. «Temos de pensar, criar algum tipo de grupo que consulte constantemente os comandantes militares».

NATO COM INCÓGNITA NA SUCESSÃO DE STOLTENBERG

Stoltenberg pode dar lugar a Stoltenberg. Habitualmente o fim de mandatos significam mudar de responsáveis. Porém, a guerra na Ucrânia pode implicar a permanência de Jens Stoltenber como secretário-geral da NATO. No momento de fecho desta edição não era ainda conhecida a decisão relacionada com o norueguês.

Esta é uma questão menor do que a adesão da Suécia à Aliança Atlântica. A Turquia e a Hungria co ntinuam a bloquear a entrada dos escandinavos. As razões são muito diferentes.

O argumento dos magiares é uma vingança por causa de declarações do primeiro-ministro sueco. Em 2021, o chefe de governo defendeu a suspensão dos fundos europeus, ao abrigo do mecanismo de condicionalidade.

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