Norberto de Castro, dirigente desportivo que, por sua conta e risco, carrega às costas uma escola de futebol e que um dia sonhou e concorreu para ser presidente da Federação Angolana de Futebol, não pára de lutar desde que perdeu nas eleições de 2020, para Artur Almeida.
António Félix
felito344@yahoo.com.br
Este, Artur Almeida, que, diga-se de passagem, está, por enquanto, de pedra e cal no cadeirão máximo da federação, sente todavia que Norberto de Castro está a fazer jus ao velho adágio “pedra dura tanto bate em pedra dura até que fura”. É que Norberto de Casto não se cansa de bater à porta da Sala do Cível e Administrativo do Tribunal de Comarca de Luanda. É lá onde este homem do futebol quer provar que Artur Almeida só foi elevado à categoria de presidente, porque contornou regras, fraudou e…ganhou.
Mas para se apurar que Norberto de Castro fez o que alega, o tribunal não virou as costas. Está a fazer a sua parte de modo que se adivinha, ainda, uma disputa acérrima nas barras deste tribunal competente para que se faça Justiça.
Pelos menos, ao que se sabe, as duas partes – Norberto de Castro “versus” Artur Almeida – já estão notificados para este exercício no qual a Drª Juíza da causa quer primeiro tentar uma conciliação; digamos que está à procura de um acordo, um entendimento no sentido de se “enterrar o assunto”, porque é assim que “manda” o artigo 508 do Código do Processo Cível (CPC).
Se a meritíssima Drª juíza de Direito do Tribunal, Maria Luísa da Cunha, dona do processo 0012/021-B não registar acordo, então o assunto pegará mais fogo, conforme soe dizer-se.
Ora bem, Artur Almeida e Silva impugnou a candidatura de Norberto de Castro junto da Comissão Eleitoral, alegando que este seu antigo vice-presidente da FAF não tinha renunciado ao cargo para estar livre de concorrer.
Norberto de Castro reclamou junto Ministério da Juventude e Desportos (MINJUD), que deu provimento ao protesto, mas a verdade é que a “novela” continuou e a Comissão Eleitoral sequer aceitou a decisão do MINJUD.
Norberto de Castro, por este conjunto de factos , mantém-se pois, na jogada. Dir-se-ia que está em ataque continuado.
Numa primeira fase, deu entrada de uma providência cautelar, para impedir a tomada de posse de Artur Almeida Silva, e foi decidida a seu favor. Ou seja, julgada procedente (decisão favorável) no dia 27 de Janeiro de 2021. Decisão que teve como efeito a suspensão da tomada de posse de Artur Almeida e Silva. Mas este, e seus pares, avançou e está a governar as “coisas” do futebol.
Está sossegado? Não senhor. E porquê? Porque há ainda a acção principal para a machadada final, que dará a ver quem, afinal, vai mandar na federação.
Até lá…a luta continua: ou volta a realizar uma assembleia-geral extraordinária para marcar as próximas eleições, ou criar uma comissão de gestão, ou ainda dar continuidade ao elenco de Artur Almeida e Silva que Norberto quer anular.
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