OS DESAFIOS DO PRESENTE, DO FUTURO E AS OPORTUNIDADES ÍMPARES DE ÁFRICA
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia está a ter um impacto drástico em diversos sectores da vida económica e social de vários países do mundo. Assim, é também importante reforçar a análise do efeito da guerra sobre os países africanos que também foram afectados em vários sectores como o dos recursos minerais, agrícola com impacto no preço dos alimentos, a destacar o trigo e originários, situação esta que, segundo analistas, pode criar consequências no custo dos alimentos à escala global. Portanto, os preços do trigo sobem com uma tendência expressiva com um aumento de 3% nas últimas semanas despertando a necessidade e o incentivo do aumento da produção, por parte de outros países e em particular para as economias africanas que importam este cereal.
Texto Juliana Evangelista Ferraz
Fotos Arquivo FN
Esta situação de aceleração do preço do trigo tem suscitado ao nível dos mercados uma ansiedade brutal, uma vez que se for de facto uma tendência estrutural e sendo a Rússia um dos maiores produtores de trigo e a Ucrânia posicionando-se na 4ª posição, terão de criar novas estratégias de sustentação, pelo facto deste aumento suscitar também a alteração de outras commodities, nomeadamente cereais, soja e milho também muito influenciadas pela crise alimentar verificada um pouco por todo mundo decorrente da pandemia da Civid-19.
No geral, os países africanos sofreram uma alteração em alta do preço do trigo, incluindo Angola. No entanto, após entrada em funcionamento da Reserva Estratégica Alimentar (REA), a economia nacional tem registado uma redução do preço da farinha de trigo, realçando que o saco de trigo de 50 quilogramas custa cerca de 20.800 kwanzas, representando uma redução de 700 kwanzas em relação ao mês de Fevereiro, em que o produto custava cerca de 21.500 kwanzas. Esta redução tem como propósito regular o mercado e influenciar a baixa de preços de produtos essenciais da cesta básica.
De acordo com a FAO (Agência das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) a alteração do padrão da procura de cereais (consumo humano vs consumo Industrial) situou-se em 181 pontos no índice mensal de preços de alimentos, valor mais alto nos últimos cinco anos, sendo que este aumento a nível mundial representa cerca de 2,1%, em comparação ao ano anterior.
A ONU alerta que a comunidade internacional tem de agir rapidamente no sentido de se garantir acesso a alimentos e evitar a interrupção dos financiamentos dos países, evitando também os cortes das cadeias de fornecimento. No entanto, admite que os diversos programas de combate à fome não têm sido bem implementados, e previne que é imprescindível retirar cerca de 100 milhões de pessoas da situação de desnutrição, para que se atinja em 2030 a meta de eliminação total da fome no mundo, pois, de entre outros males que arrefecem a economia mundial, aumenta cada vez mais o nível de desemprego e o sub-emprego (principalmente nos países desenvolvidos, com taxas de 15% á 20%).
Países como Nigéria, Angola, Egipto, África do Sul, Etiópia, Argélia, Ghana, Etiópia Marrocos, Cote -D’voire, apresentam um conjunto de indicadores relevantes para os investidores com intenções de investir em África, nomeadamente as taxas de crescimento, que evidenciam grande potencial económico e oportunidades para os investidores. Angola registou em 2021 cerca 66,49 mil milhões de dólares e prevê-se que o país ultrapasse 100 mil milhões de dólares até final de 2022. Por outro lado, possui recursos naturais como o petróleo tendo sido classificado como segundo maior produtor de petróleo em África a seguir a Nigéria.
Portanto, hoje, não há dúvida que o desenvolvimento socioeconómico do país, e de muitas economias africanas dependem do fortalecimento da agro-indústria. Angola é um dos países com maior potencial agrícola da África Subsariana, apresentando condições favoráveis à prática agrícola, com cerca de 58 milhões de hectares de terra potencialmente arável, abundantes recursos hídricos e ainda
Deixe um comentário