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Diamantes rendem mais de 600 milhões de dólares a Angola

Escrito por figurasnegocios
|Texto N. Dembene e W. de Lassalete (JA)
|Fotografias Arquivo FN

O país produziu, no primeiro semestre do ano em curso, 5,6 milhões de quilates, o que representa um aumento de 36 por cento, comparativamente aos 4,1 milhões de quilates registados no período homólogo de 2023.

Os dados foram avançados ontem, em Luanda, pelo director de Operações Mineiras e Gestão de Participações da Endiama, Miguel Vemba, durante o Outlook sobre a apresentação da produção e comercialização de diamantes durante o primeiro semestre de 2024.

O evento, presidido pelo secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Corrêa Victor, visou apresentar os resultados do desempenho do sector Diamantífero.

O director de Operações Mineiras e Gestão de Participações da Endiama, Miguel Vemba, disse que a produção registou um decréscimo de 20 por cento face ao Plano de Desenvolvimento Nacional(PND), com um total de 5,66 milhões de quilates recuperados contra 6,98 milhões planeados.

Os dados apresentados dão conta que no período em análise foram comercializados 3,18 milhões de quilates a um preço médio de 191 dólares por quilate, gerando receitas brutas de aproximadamente 608,84 milhões de dólares.

Angola, lembrou, mantém-se na quarta posição como o maior produtor de diamantes brutos no mundo, com uma produção industrial de 9,8 milhões de quilates em 2023, proveniente das províncias da Lunda-Norte, Lunda-Sul, Bié, Cuanza-Sul e Malanje.

Sustentabilidade

O administrador executivo para a área de Engenharia e Manutenção Técnica da Sociedade Mineira do Luele, Flávio Francisco, avançou que para o aumento da sustentabilidade da produção as principais acções prendem-se com a estabilização da central de tratamento, isso com a meta de produção diária de 8.300 toneladas por dia e 500 toneladas/ hora.

“Esperamos até final de 2024 tratar 11 milhões de metros cúbicos de massa mineira, 4 milhões de minério para tratar, e prevemos recuperar 6 milhões e 500 mil quilates de diamantes, para podermos assim contribuir para aquilo que é o Plano de Desenvolvimento Nacional”, disse na ocasião.

Queda de produção

Por sua vez, o director de Planeamento e Controlo da Sociedade Mineira de Catoca, Fidel Manassa, disse que no primeiro semestre a mina de Catoca arrecadou um volume na ordem dos 100 milhões de dólares, um diferencial comparativo, na ordem de 34 por cento negativos, comparado com o semestre homólogo.

A queda de produção, apontou o director, deveu-se, maioritariamente, por questões técnicas, dentre elas a dureza do mineral, que está a ser tratado agora, e também questões técnicas do ponto de vista do tempo de vida útil ou tempo de vida das próprias centrais de tratamento, que já estão muito cansadas, com mais de 20 anos.

Fidel Manassa entende que, para a recuperação da produção, o investimento se deve cingir na modernização de todo o sistema de tratamento. “Está em vista a compra de dois moinhos novos para as centrais de tratamento. Isto irá eventualmente melhorar o poder de recuperação que as nossas centrais de tratamento possuem”.

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