Economia & Negócios

Impactos da Covid-19 são para durar… A CRISE ALIMENTAR ATINGE TUDO E TODOS

Escrito por figurasnegocios
Texto: Juliana Evangelisa Ferraz

Em termos económicos, com excepção da economia chinesa, todos os países passam hoje pelo problema da recessão, causada não só pelos movimentos ininterruptos de abertura e fecho que derivam das restrições a mobilidade de pessoas, mas também pela incapacidade da economia mundial não ter crescido a um ritmo desejável.

Assim, apontamos o sector do turismo como um dos primeiros que foi atingido com um impacto brutal em termos de destruição de valor e de postos de trabalho. A Organização Mundial do Turismo declarou recentemente que o sector foi um dos mais afectados, ficando em causa cerca de 75 milhões de postos de trabalho em todo mundo. A referida organização exortou aos estados que , na fase pós- Covid, criem medidas de apoio e priorização do sector visando a sua recuperação, uma vez que o sector representa 10,4% do Produto Interno Bruto Mundial, ou seja, 1 em cada 10 postos de trabalho no mundo pertence ao sector do turismo.

Na interdependência dos problemas que afectam o mundo concorre também a crise climática global, que mereceu destaque na Conferência da ONU- Organização das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (COP26) em que vários chefes de Estado negociaram e definiram acções de combate à crise climática global, com vista a transição para uma economia de baixo carbono. Portanto, as conclusões extraídas da 76ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, reiteraram a necessidade de uma maior interdependência entre os países, porque é desta correlação que se constrói os caminhos da paz, segurança, desenvolvimento e prosperidade. Dai, a urgência de se reforçar os mecanismos de cooperação e solidariedade multilaterais para um desenvolvimento verdadeiramente sustentado.

O mundo encarou a nova forma de viver e tem enfrentando novos desafios.Assim, a economia mundial começa a dar sinais.Os próximos dois anos serão interessantes não só para os países desenvolvidos, mas sobretudo para as economias emergentes que se preparam para entrar num novo ciclo de crescimento, motivado pela retoma do gigante asiático – a China – que é responsável por cerca 20% do PIB mundial. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI) após revisão, a previsão de crescimento foi de ça 8,1 % em 2021 e cerca de 5,7 % em 2022. Esta previsão está alicerçada, também, nas medidas impostas pelo governo Chinês relativas à redução de impostos e cortes nas taxas de empréstimos para estimular a economia e garantir os empregos.
Os sinais de retoma também são visíveis na economia Indiana, que tomou posições de destaque como um dos principais mercados importador de commodities. O governo indiano também implementou algumas reformas para impulsionar a sua economia e após revisão em alta do FMI, previu para 2021 um aquecimento de 11,5% e 6,8% em 2022. Fonte: Investing.com

Ainda num clima de prosperidade, o petróleo volta a ser notícia depois do preço do barril do Brent ter registado uma recuperação, situou-se acima dos 86 USD, sendo que em Dezembro sofreu uma ligeira descida situando-se nos 73 USD nos mercados internacionais. Apesar da ligeira queda do preço, existe a tendência da procura do petróleo a escala global. Portanto, a procura aumentou a uma velocidade maior do que a oferta, o que faz com que um pequeno aumento ou redução ligeira da produção tenha um impacto considerável no preço final, daí volatilidade do preço desta commodity.


PETRÓLEO
VS ESPECTATIVAS

Esta situação de aceleração do preço do brent tem suscitado ao nível dos mercados financeiros uma ansiedade brutal, uma vez que, se for de facto uma tendência estrutural, os maiores mercados de produção de petróleo terão de criar novas estratégias de sustentação, pelo facto deste aumento suscitar também a alteração de outras commodities energéticas como por exemplo o gás natural, energia, licenças de carborno, muito influenciadas pela crise energética verificada a nível internacional.

A retoma das actividades por parte de muitos países a um ritmo maior que o esperado elevou substancialmente o consumo de gás natural, sem que a oferta acompanhasse a mesma velocidade, o que se traduz que os países têm conseguido implementar os seus programas com acções de recuperação previstos no período pós pandemia.

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