Economia & Negócios

EUROPA VAI TER NOVO MECANISMO PARA SALVAÇÃO DE BANCOS

Escrito por figurasnegocios

A União Europeia está a trabalhar em novas regras para a recuperação de bancos em dificuldades. A Comissão Europeia elaborou um conjunto de regras que terão de ser avaliadas e negociadas entre os 27 Estados do bloco e os eurodeputados.

Por: João Barbosa /Fotos: Arquivo NET

O executivo comunitário pretende que o mecanismo de segurança seja financiado, sobretudo, pelo sector da banca. Ou seja, a protecção dos depositantes terá menor contributo de fundos públicos.

A Comissão Europeia considera que as instituições financeiras da UE estão bem capitalizadas, com muita liquidez e muito vigiadas pelas autoridades do sector. Valdis Dombrovskis, vice-presidente do executivo, afirmou, na apresentação do documento, a banca deve ser «a primeira e principal linha de defesa dos bancos».

A inflação registou um movimento positivo, do ponto de vista da população. Em Março, em termos homólogos, desacelerou para 6,9% na Zona Euro e para 8,3% no conjunto do bloco.

De acordo com o Eurostat, nos países da moeda única verificara-se, em Março de 2022, uma taxa de 7,4%. Em Fevereiro deste ano fixara-se em 8,5%. O organismo estatístico europeu informa que no conjunto da UE o resultado não foi tão positivo: a taxa de inflação anual recuou de 9,9%, em cadeia, mas no terceiro mês do ano passado estabelecera-se em 7,8%.

Os números revelados pelo Eurostat traduzem-se em cinco meses de abrandamento da taxa de inflação. A performance explica-se pelo comportamento dos preços dos produtos energéticos.

Por seu turno, Christine Lagarde garante que o Banco Central Europeu tem capacidade para injectar liquidez no sistema financeiro da Zona Euro. Todavia, considera que o sector é resiliente.

«Estamos a monitorizar, de perto, os desenvolvimentos de mercado e estamos prontos para responder, se necessário, para preservar a estabilidade de preços e a estabilidade financeira na Zona Euro».

Christine Lagarde elogia as medidas tomadas pelas autoridades suíças, relativamente ao colapso do Credit Suisse. As «acções foram fundamentais para restaurar as condições de mercado e garantir a estabilidade financeira».

Quanto às taxas de juro lançadas pelo BCE, especialistas apontam para o estabelecimento das taxas em 3,75%. Ouvidos pela Bloomberg, os peritos prevêem três aumentos de 25 pontos base em Maio, Junho e Julho.

Segundo especialistas ouvidos pela Reuters, o BCE irá subir a taxa em 25 pontos base em Maio.

Números positivos na economia europeia

A Zona Euro registou, desde Setembro de 2021, um excedente da balança comercial de bens. O valor registado em Fevereiro foi de 4,6 mil milhões de euros. Em Janeiro verificou-se um défice de 9,4 mil milhões de euros.

A Eurozona exportou bens, para o resto do mundo, 232,7 mil milhões de euros. Em comparação com período homólogo significa um crescimento de 7,6%. Já as importações ascenderam a 228,1 mil milhões de euros. Este montante representa uma subida de 1,1%.

Entre os países da moeda única europeia, as trocas comerciais representaram um crescimento homólogo de 8%, totalizando 224,4 mil milhões de euros.

Já no conjunto do bloco europeu, a balança comercial de bens traduziu-se num excedente de 4,8 mil milhões de euros. Desde Julho de 2021 que não se registava um saldo positivo. Em Fevereiro do ano passado, o défice foi de 16,5 mil milhões de euros.

As vendas dos países da União Europeia para os restantes países do mundo somaram 207,7 mil milhões de euros, em Fevereiro. As importações caíram 202,9 mil milhões de euros. Esta performance traduz-se num recuo de 2,8%.

A produção industrial, na Eurozona, recuou 2%, em Fevereiro face a Janeiro. Todavia, em termos homólogos avançou 2,8% – segundo o Eurostat

Por seu turno, o sentimento económico, na Zona Euro, sentiu um decréscimo em Março, repetindo o verificado em Fevereiro. Esta performance deriva dos recuos nos indicadores de confiança no comércio a retalho, construção e indústria.

Na UE a remuneração da hora de trabalho subiu 4,4%, em 2022. O Eurostat revelou que o valor médio estabeleceu-se em 22,9 euros, tendo todos os Estados conhecido um movimento ascendente.

Na Zona Euro, o valor por hora trabalhada fixou-se em 25,5 euros. Este número representa uma progressão de 4%. Em Portugal, a subida foi de 4,5%, para 16,1 euros.

Quanto ao desemprego, com os números ajustados à sazonalidade, registou-se uma manutenção em Fevereiro face a Janeiro, com a taxa a fixar-se em 6,6% – referente à Zona Euro. Em comparação homóloga verificou-se uma ligeira melhoria, uma vez que se situara em 6,8%. Já no conjunto da UE estabeleceu-se em 6%, contra 6,1% em Janeiro e 6,2% do ano precedente.

Sobre o autor

figurasnegocios

Deixe um comentário