Angola e China decidiram reforçar a sua cooperação estratégica e para, o efeito, o país asiático fez deslocar o seu Ministro do Comércio, Wang Wentao, para negociar com uma delegação chefiada pelo Ministro de Estado para a Cordenação Económica, José Massano.
Antes das conversações, entre os dois ministros, Wang Wentao foi recebido pelo Presidente João Lourenço em audiência e, o Embaixador da China em Angola, Gong Tao, que acompanhou o seu Ministro ao encontro, considerou que “foi uma boa ocasião para os dois estados trabalharem em novas parcerias, não só para financiamento das grandes obras angolanas,mas também para responder ao apelo do Presidente João Lourenço, para a diversificação económica e implementação de iniciativas do sector privado estrangeiro.
Com efeito, a China vai continuar a garantir financiamento às grandes obras, mormente no novo Aeroporto Internacional de Luanda e a maior central Hidroelétrica de Caculo Cabaça, cujas obras “estão em bom andamento”.
Nas conversações, os dois ministros, de Angola e da China, lideraram a comissão mista, entre os governos, com vista a avaliar e traçar novos rumos para a parceria.
Houve um Fórum de Negócios Angola-China em Luanda, o que permitiu aprofundar conhecimentos e analisar as grandes potencialidades existentes no nosso País, nomeadamente na indústria, agricultura, pescas, exploração mineira e turismo. Os dois países estão a assinalar o 40° Aniversário do estabelecimento das Relações diplomáticas entre eles, o que permitiu as empresas chinesas virem ao nosso País para ajudar aonstrução nacional pela mobilidade entre províncias, fundamentalmente.
Há o interesse dos dirigentes dos dois governos em continuar a andar de mãos dadas, na salvaguarda da independência e da procura de cooperação mutuamente benéfica que permitirão alcançar objectivos comuns para o desenvolvimento socio-económico dos dois países.
Angola e China revisaram o estado e as perspectivas da cooperação bilateral, no contexto da visita do Ministro do Comércio a Luanda, para co-liderar a reunião da Comissão Mista entre os dois governos.
Até o momento, a China é o maior parceiro comercial de Angola, o maior mercado de exportação e uma importante fonte de investimento, confirmou o Embaixador Gong Tao.
Em África, o país da África Subsaariana é o segundo maior parceiro comercial e o maior exportador de petróleo para o mercado chinês.
Os laços bilaterais ao longo dos 40 anos, representam um exemplo de cooperação sul-sul, em defesa do multilateralismo, dos interesses comuns das nações em desenvolvimento, da prosperidade e da estabilidade no mundo.
Durante as quatro décadas, as empresas chinesas construíram cerca de 3.000 quilómetros de ferrovias em Angola, 20.000 quilómetros de estradas, 100.000 unidades de habitação social, 100 escolas e 50 hospitais, disse ele.
As obras concluídas e em andamento, explicou o Embaixador chinês,incluem a barragem de Caculo Cabaça, o novo Aeroporto Internacional de Luanda, as cidades do Kilamba e Dundo, o Caminho de Ferro Benguela e a turbina hidroeléctrica do Soyo.
Respondendo às necessidades do lado angolano, a China organizou o treinamento de mais de 3.000 especialistas nas áreas de comércio, agricultura, saúde, media e polícia,como acrescentou o embaixador.
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