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São Tomé e Príncipe

Escrito por figurasnegocios

RESULTADOS DE PERFURAÇÃO DE POÇO PETROLÍFERO AGUARDADOS COM OPTIMISMO

Prossegue com optimismo em São Tomé e Príncipe os trabalhos de perfuração do bloco petrolífero 6, denominado “Jaca”, na Zona Económica Exclusiva (ZEE) do país, por um navio-sonda munido de equipamentos de primeira geração na perspectiva de se encontrar petróleo comercializável

Texto Leonel Mendes
Fotos Arquivo FN

O ministro são-tomense da Presidência do Conselho de Ministros, Novas Tecnologias e Assuntos Parlamentares, Wuando Castro, afirmou, há semanas, que “o furo está progredindo de acordo com o planificado e obedecendo todas as normas e práticas internacionais da indústria petrolífera”. O governante teceu tais declarações quando presidia a abertura de um seminário sobre a perfuração do poço “Jaca” no bloco 6 da ZEE.

Wuando Castro acrescentou que “todas as medidas de segurança e de protecção da fauna marinha e do ambiente circundante, inseridas no bloco 6, foram devidamente precavidas e mitigadas”. A perfuração deste bloco teve início no dia 25 de Abril de 2022, estando os trabalhos a serem supervisionados pelas operadoras Galp e Shell, para além de técnicos são-tomenses.

É de salientar que a portuguesa GALP e a multinacional britânica SHELL detêm cada uma, 45% de interesse participativo nesse bloco e o Estado são-tomense, 10%.

De acordo com Vanessa Gasparinho, da Galp, os resultados dessa perfuração são determinantes para as acções futuras, pontuando que esta primeira operação “vai durar entre 60 a 90 dias”. Vanessa Gasparinho recordou, que antes desta mega operação, fez-se um estudo de impacto ambiental profundo para se acautelar de todos os riscos ambientais que se afiguram indispensáveis.

O bloco 6 comporta uma área que abrange 5.024 quilómetros quadrados em águas territoriais são-tomenses, a cerca de 100 quilómetros do litoral do país e com cerca de 2.500 metros de profundidade.

Central será construida na localidade de Santo Amaro

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE APOSTA NA ENERGIA FOTOVOLTAICA

Por: Leonel Mendes

São Tomé e Príncipe deu início a construção de uma central fotovoltaica, na localidade de Santo Amaro, distrito de Lobata, projectada para produzir na sua fase final 2,2 Megawatts de energia. O Primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus fez recentemente o lançamento da primeira pedra desse projecto de energia renovável financiado por São Tomé e Príncipe, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF), através do Projecto de Energia e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) em 690.000 Dólares.

A Representante residente do PNUD, Katarzyna Wawiernia avançou que a primeira fase do projecto será concluída em 10 semanas, garantindo de início a produção de 540 KWp (kilowat pico) de energia, “mas em geral toda a planta vai produzir 2,2 Megawatt pico e é muito significante porque vai reduzir a necessidade de utilização de gasóleo”, na central térmica de Santo Amaro gerida pela Empresa de Água e Energia (EMAE), onde a ser montada em esta infraestrutura amiga do ambiente.

O Primeiro-ministro Jorge Bom Jesus considerou esse momento de “histórico” para São Tomé e Príncipe, porquanto representa um primeiro passo para a transição energética no país. “Este é o berço da transformação do setor energético, é o primeiro passo de um caminho que espero longo, mas bastante promissor na área de transição energética”, disse Bom Jesus.

Para além dos custos com a instalação de mais de mil painéis solares e a produção de energia, o projecto englobará a capacitação de uma equipa da EMAE para a manutenção da central fotovoltaica, fornecimento de peças sobressalentes e a cobertura durante dois anos dos serviços de manutenção.

Numa nota explicativa do projecto de energia fotovoltaica a ser instalado em Santo Amaro, o PNUD adianta que “importa referir que esta central faz parte de um projeto conjunto com o African Development Bank Group, que construirá na zona sul da central mais 1,7 MWp e a UNIDO, que com recursos do GEF está a financiar as obras no Posto de Corte que irá permitir unir em segurança e injetar na rede nacional a produção das centrais solares com a produção dos atuais grupos geradores”.

Importa referir que as obras de execução do projecto de energia fotovoltaica estão a cargo de uma empresa dinamarquesa, a JGH e de uma empresa nacional, a Electrofio que garantirão a conclusão da primeira parte do projecto em 10 semanas.

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