O Ministro da Juventude e Desportos, Rui Falcão, faz parte daquela nata de praticantes que, a seguir à independência nacional, deu movimentação dinâmica a este fenómeno social – o Desporto – quando vigou o slogan ” ser desportista é também ser revolucionário” .
Atendendo a este “chamado político”, neste fenómeno, assistiu a adesão de milhares de entusiastas nos clubes, escolas e centros produtivos onde a prática desportiva, nas mais diversas disciplinas, era uma realidade, dando a ver campeões de grande valia.
É por isso que a sua entrega e empenho catapultou-o, à época, para cargos de relevância na então Secretaria de Estado para a Educação Física e Desportos, de onde saíra, depois, para servir tarefas partidárias no “seu” MPLA, de modo que deixou ser activo, porque seguidamente sobrou-lhe o posto de presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Federação Angolana de Andebol.
Sentado no Partido e na Mesa da Assembleia, acompanhou as conquistas e fracassos do desporto nacional, dentro e fora do país.
Avaliou no seu partido as políticas publicas voltadas para o Desporto e certamente meteu verbo o bom e o mau nos desempenhos que tiveram no Sector Desportivo os seus camaradas de militância, como Marcolino Moco (1989-1991), Osvaldo de Jesus Serra Van-Dúnem (1991-1992), Justino Fernandes (1992-1995), Sardinha de Castro (1995-1999), Marcos Barrica (1999-2008), Gonçalves Muandumba (2008-2016), Albino da Conceição (2016-2017). Ana Paula do Sacramento Neto (2017-2022) e Palmira Barbosa (2022-2024).
Agora, para não continuar a assistir a tudo isto a partir do muro, chegou, pois a sua vez. Aceitou um cargo, ao que tudo indica, não objectou. Bateu palmas, prometendo ao seu líder partidário e Presidente da República, João Lourenço, fazer das tripas coração para que as conquistas desportivas, que deixaram de dar alegria ao povo, voltem, a acontecer no seu consulado.
É por isso que o seu “olhar de falcão” já lhes faz projectar voos altos. Um deles é o facto de ter ido ao encontro da Ministra da Educação, Luísa Grilo, para uma estratégia que dinamize a prática da educação física e o desporto escolar no país, que é, a par do desporto militar e de trabalhador, factores-chave para o federado e profissional.
Com olhos de ver também, já saiu à Rua para conhecer o fundo do projecto Olimpafrica, administrado pelo Comité Olímpico Angolano (COA), este parceiro na empreitada a que está investido. Dar vitalidade ao Desporto.
Somou-se a isso o encontro que, em boa hora, manteve com representantes das federações desportivas nacionais onde auscultou as preocupações de cada, porque, como disse aos jornalistas, ” é preciso ouvir os principais actores no terreno e saber o que eles pensam sobre o desporto. Por isso, vamos ouvir os dois blocos e, com base nisso, definirmos a estratégia”.
Portanto, não se trata de lisonjeio, mas se Rui fazer continuar a fazer jus ao aguçado olhar de Falcão; se, como disse ainda,” os jornalistas pediram que façamos encontros destes, quatro vezes por ano, vamos organizar e ter muitas conquistas desportivas”.
Porque – e esta é a minha visão – qualquer dos ministros atrás mencionados não tiveram este olhar. Apenas dançaram e festejaram feitos desportivos de obra alheia.
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