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Xi Jinping consegue inverter rumo negativo da economia chinesa

Escrito por figurasnegocios
Por Vitor Norinha

O Governo de Xi Jinping continua a implementar medidas de estímulo para a economia chinesa com medidas estruturais afim de alterar o tecido económico do país, diversificando a grande dependência do setor imobiliário. Recorde-se que o mercado imobiliário chinês está em recessão desde 2021, com a queda do investimento e vendas. Este facto tornou mais difícil a contabilidade das autarquias que dependiam das receitas geradas a partir do imobiliário, e o próprio consumidor chinês ficou receoso depois de ver as suas poupanças, que são essencialmente convertidas em imobiliário, a degradarem-se. O colapso da Evergrande foi um marco na queda da economia chinesa.

Entretanto, o Governo chinês criou condições especiais a instituições financeiras durante 2023, enquanto foi suportando o mercado financeiro com compras de ações e EFT, e diminuía as reservas obrigatórias dos bancos.

Um análise do Banco BIG sobre a China concluíu que depois de quatro registos de inflação negativa entre outubro de 2023 e janeiro de 2024, a situação inverteu-se e ficou afastado o cenário de deflação. Por outro lado, os inquéritos realizados a agentes económicos do país revelam uma “recuperação no setor industrial e encontram-se em zona de expansão económica”. E, por último, o crescimento económico de 5,3% em 2023 ficou acima das expectativas. Os analistas do banco consideram como grandes catalisadores do crescimento económico no país a ascensão da classe média com aumentos das despesas discricionárias como automóveis, viagens e entretenimento. Refere o banco que “ao contrário do crescimento tradicional impulsionado pelas exportações, poderá criar-se uma economia mais estável e autossuficiente e menos dependente das economias de outras geografias”. O estímulo económico é outra “drive” do crescimento e que passou a centrar-se em áreas como as infraestruturas ecológicas e atualizações tecnológicas. Por último, os gigantes tecnológicos chineses como o Alibaba e a JD.com estão a dar sinais de recuperação e isso poderá levar a uma melhoria de performance e a impulsionar todo este setor.

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