Estávamos, ainda, em Fevereiro deste ano, quando ouvimos da Federação Angolana de Futebol a comunicação, “a todo o pavor” , de que admite a hipótese de, já no próximo Girabola, a prova contar apenas com um reduzido número de equipas por dificuldades financeiras enfrentadas por estas.
Honestamente falando, para muito boa gentes não é a primeira vez que esta advertência, ou se preferirem, esta ameaça é feita pela Federação Angolana de Futebol, quer nestes tempos, liderada pelo cidadão Artur Almeida, que pelos seus antecessores. A conversa, esta, é antiga!
Até, para quem quis sempre ouvir, já roça o rótulo de falácia, como “basófia” fiada para boi dormir.
Falar assim não é exagero da nossa parte.
E não é porquê? Porque há equipas que, sem dinheiro, andam numa roda viva de sobe e desce com a conversa de costume, sempre a mesma falta de dinheiro e o ensurdecedor barulho de vir a . desistir da prova.
Para que tal não vire rotina a Federação Angolana de Futebol deve ser escrava da sua palavra. Deve ser proactiva, levando avante o que decide em todos os aspectos. Que puna quem não tem meios, quem não cumpre…
Já vai longo o oceano de intimações feitas pela Federação Angolana de Futebol, para, num repente, fazer marcha atrás e apadrinhar que finge ser incapaz.
Já ouvimos, também, há anos, a Federação Angolana de Futebol a exaltar, como que a rouquidão, que poderia, publicamente, dar a conhevcer uma lista em que informaria e denunciaria legião de jogadores estrangeiros de equipas do Girabola e q Segundona, com falsos documentos de identidade angolana.
A pro+osito disto, o então secretário-geral da FAF, Cardoso Lima, até chegou a revelar – e eu vou citar – “agora temos um sistema que consegue acompanhar a história de todos os atletas que evoluem no nosso futebol, sempre que temos dúvidas da identidade de um jogador, fazemos averiguações para apurar a verdade”.
A verdade é que, até hoje, para a praça pública nada saltou a vista. E esta passividade, em boa verdade, em nada ajuda-nos na tarefa e dever que envolva todos os que, de maneira directa ou indirectamente, podem contribir para o desenvolvimento do nosso futebol.
Algumas vezes sobra, por exemplo, a ideia de que a Federação Angolana de Futebol apadrinha e maginaliza uns e outros. A Federação Iinternacional de Futebol Associado, FIFA, já chegou a pedir a certos clubes angolanos a pagarem as dívidas contraídas com jogadores, treinadores e dirigentese.
A Federação Angolana de Futebol foi avertida de que, em caso de incumprimento destas obrigações, os clubes ou equipas visadas deviam ser impedidas de participar, por tempo indeterminado, em provas organizadas pela própria Federação Angolana de Futebol (FAF), como o Girabola e a Segundona.
A verdade é que os credores destes clubes escreveram para a Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA), que, por sua vez, deu e dá a conhecer o facto à Federação Angolana de Futebol, mas a mão pesada, a sansão tarda…O que, afinal, andará, por trás de todas este hesitação?
No tempo em que a Procuradoria Geral da República (PGR) chegou a ter em posse – para investigar – a hipotética denúncia pública feita então pelo presidente de direcção do Recreativo da Caála, Horácio Mosquito sobre existência de corrupção no futebol nacional, parece-nos que a Federação Angolana de Futebol assobiou de lado.
É por isso que cenas como estas em nada abanam a favor do nosso futebol.
E é por isso, conforme já escrevi nesta coluna, que o corajoso Norberto de Castro, dirigente desportivo – por sua conta e risco carrega às costas uma escola de futebol e que um dia sonhou e concorreu para ser presidente da Federação Angolana de Futebol – não pára de lutar desde que perdeu nas eleições de 2020, para Artur Almeida.
Deixe um comentário