Chama-se Angosat-2, pesa duas toneladas e possui uma alta capacidade de transferência de informação. Com o novo satélite angolano, lançado no passado dia 12 de Outubro, o governo angolano promete colocar o País num lugar de destaque nas comunicações em África. Já em órbita, o satélite foi construído pela russa ISS Reshetnev e transportado a partir do cosmódromo de Baikanur, no Cazaquistão, tendo sido transportado pelo Foguetão “Proton-M”.
Os serviços do satélite começam a ser disponibilizados entre Janeiro e Fevereiro de 2023., anunciou o ministro angolano das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira.
O satélite custou 320 milhões de dólares (cerca de 329 milhões de euros) e deverá possibilitar uma largura de banda de 13 gigabites em regiões onde chega o seu sinal, abrangendo a maior parte do continente africano e boa parte de Europa. Também se espera que Angola minimize as actuais dificuldades de acesso à comunicação.
Segundo lançamento – É a segunda vez que o país coloca em órbita um satélite, depois do Angosat-1, em Dezembro de 2017, cujo lançamento fracassou. “É uma situação recorrente, acontece algumas vezes fruto da complexidade de um satélite de telecomunicações” como o Angosat, justificou o ministro das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira.
O Angosat-1, construído na sequência de um acordo assinado entre Angola e a Rússia, em 2009, custou 360 milhões de dólares ao Estado angolano, mas tinha um seguro de 121 milhões de dólares, que, em caso de acidente ou desaparecimento, cobriria a totalidade dos custos da sua substituição, segundo a agência noticiosa angolana Angop.
Angola, ‘Hub’ africano – Agora, o ministro Mário Oliveira sublinha que o Angosat-2 fará parte de um ecossistema de telecomunicações que Angola pretende, pois tem o objectivo de ser um ‘hub’ africano de telecomunicações.
“O nosso país é extenso e as comunicações via satélite ajudam a que cheguemos aos pontos mais recônditos do país de forma mais célere”, afirmou, destacando os impactos positivos desta solução tecnológica que vai contribuir para o desenvolvimento socioeconómico de Angola em várias áreas.
O lançamento do satélite coincidiu com a Semana Mundial do Espaço e culminou com uma série de acções que o Executivo angolano tem desenvolvido para a formação de quadros no sector aeroespacial. (DW).
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