Política

Angola com alívio perante dívida à China

Escrito por figurasnegocios

Ainda sem números concretos aquilo que se sabe da deslocação do Presidente angolano, João Lourenço, à China e que tinha como objetivo renegociar os termos da dívida do Estado angolano à República Popular da China terá sido, em parte, conseguido. Informações veículadas pela agência de notícias portuguesa Lusa e citadas em vários orgãos de comunicação social, revelam que os termos da dívida pública ao Estado chinês que ascende a 17 mil milhões de US dólares foram renegociados.

Aquilo que se sabe é que foram negociadas “medidas de alívio” perante os credores chineses depois do encontro entre o Presidente João Lourenço e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, em Pequim.

Recorde-se que Angola alocou quase 5% do Produto Interno Bruto do país para pagar juros e amortizar parcialmente empréstimos devidos junto de entidades chinesas, maioritariamente bancos. Uma das medidas de alívio passa pelo prolongamento do prazo para o desembolso do financiamento da construção da barragem de Caculo Cabaça, tendo ainda João Lourenço incentivado os investidores chineses a apostarem na refinaria do Lobito, uma obra em execução, a par do investimento na exploração de hidrocarbonetos com novos blocos disponíveis no offshore e no onshore do país. Ao mesmo tempo Angola tem vindo a introduzir no seu sistema legal práticas adotadas em países desenvolvidos ao nível do ambiente de negócios. Outras indústrias de interesse para o investimento chinês e que foram realçadas por João Lourenço são a produção de sílica cristalina para células fotovoltaicas, e a indústria petroquímica para a produção de amónia e ureia.

Recorde-se que a China é um dos grandes parceiros económicos de Angola, tendo sobretudo investido em infraestruturas como estradas, caminho-de-ferro, hospitais e habitação. Em contrapartida Angola vende essencialmente hidrocarbonetos para o país asiático, um activo que Angola quer potenciar para novos investimentos públicos e privados da China.

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