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Ucrânia ALEMANHA DIZ “NÃO” AO CONFLITO RÚSSIA-OTAN

Escrito por figurasnegocios

O chanceler alemão, Olaf Scholz, reafirmou recentemente que a Alemanha não vai permitir que a guerra na Ucrânia escale para um conflito entre a Rússia e a Otan, após se reunir com o presidente chileno, Gabriel Boric, em Santiago, durante seu giro pela América do Sul.

“Temos contribuído para que não haja uma escalada do conflito porque isso teria consequências graves para todo o mundo. Isso levaria, por exemplo, a uma guerra entre a Rússia e a Otan. Isso não vai acontecer, vamos evitá-lo com todos os nossos esforços, temos conseguido até agora e continuaremos fazendo isso”, disse o chefe de governo alemão.

Após declarar em uma entrevista a um veículo alemão que não enviaria aviões de combate à Ucrânia, após ter prometido mandar 14 tanques Leopard 2, o chanceler alemão explicou em Santiago que, juntamente com o presidente americano, Joe Biden, “rejeitamos enviar tropas à Ucrânia” a fim de evitar uma escalada do conflito.

“Trata-se de apoiar a Ucrânia, trata-se de ter um debate sério para tomar as decisões que tiverem que ser tomadas e não deveria ser uma competição de quem envia mais armas”, explicou Scholz.

O líder alemão lembrou que a Alemanha “deu apoio, assim como outros países, de forma financeira, de forma humanitária e também (com) envios de armas, é nossa obrigação”. “Não existe um país que apoie mais a Ucrânia do que a Alemanha”, acrescentou.

Boric, por sua vez, informou que fará uma videochamada em breve com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e reafirmou seu compromisso de apoiar “na questão da desminagem”, assim que a guerra acabar e “contribuir multilateralmente para a paz”.

“Vamos defender sempre o multilateralismo, a resolução pacífica dos conflitos e a vigência dos direitos humanos”, disse o presidente chileno.

O giro de Scholz pela América do Sul começou na Argentina, onde se reuniu com o presidente Alberto Fernández. Depois deste encontro, Scholz seguiu para o Brasil e se tornará o primeiro líder das potências ocidentais a se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde que assumiu o terceiro mandato, em 1º de Janeiro.

France-Presse

Alemanha vai enviar tanques Leopard 2

A Alemanha vai enviar para a Ucrânia pelo menos 14 tanques Leopard 2, há muito reclamados por Kiev. Berlim ainda não confirmou oficialmente, mas a informação é avançada por meios de comunicação alemães, que citam fontes próximas do governo.

O semanário alemão Der Spiegel afirma que o governo terá já aprovado o envio dos tanques e está preparado para autorizar a transferência de pelo menos uma companhia especializada “Leopard 2A6” para território ucraniano.

Depois de um encontro com o secretário-geral da NATO, o próprio ministro alemão da Defesa afirmou “esperar que a decisão esteja para breve”. Boris Pistorius disse também que “encoraja explicitamente os países parceiros, que detêm tanques Leopard preparados para ser usados, para treinarem tropas ucranianas no seu uso”.

Um grande número de parceiros europeus tem pressionado Berlim para tomar uma decisão, o que a Alemanha se tinha mostrado disposta a fazer apenas em acordo com os Estados Unidos.

Segundo o Wall Street Journal, Washington poderá enviar também em breve tanques Abrams. Espera-se que o chanceler alemão torne oficial a decisão, autorizando também países como a Finlândia e Polónia a enviar tanques Leopard para a Ucrânia.
A Polónia tinha enviado esta terça-feira para a Alemanha o pedido de autorização para poder ceder ao exército ucraniano os tanques Leopard 2 que tem em seu poder.

O ministro polaco da Defesa, Mariusz Błaszczak, apelou ainda pelas redes sociais ao fabricante europeu dos tanques para se juntar à vaga de países que deverão enviar Leopards para ajudar a travar a invasão russa.

Da Rússia, a reacção é, como seria de esperar, de condenação. O porta-voz do Kremlin, Dimitry Peskov, afirmou que as entregas de tanques ocidentais a Kiev não vão trazer “nada de bom” para o futuro das relações com a NATO e a Alemanha e “deixarão uma marca duradoura”.

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