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CORREDOR DO LOBITO NA LUTA PELA INDEPENDÊNCIA ECONÓMICA

Escrito por figurasnegocios

Corredor  do Lobito volta a merecer destaque, na perspectiva de um pólo de desenvolvimento, numa altura em que os EUA asseguram dinheiro para construção de silos para cereais.

Oportunidades de negócios são extensivas a empresas angolanas, como assegura a Embaixada americana.

Por: Marcos Pontes António ⁄
Fotos: Arquivo F&N

A Feira Internacional de Benguela (FIB) abriu, no passado dia 21 de Maio, com o ministro da Indústria e Comércio, Rui Miguêns de Oliveira, a reforçar firmeza na consolidação da independência económica de Angola, objectivo para o qual as autoridades esperam que o Corredor do Lobito seja um elemento catalisador.

Seria como que ouro sobre azul num país com a independência política alcançada há 50 anos, conforme assumiu o ministro no discurso testemunhado por representantes dos 395 expositores, entre nacionais e estrangeiros.

“É verdade, estamos, sim, a diversificar a nossa economia”, argumentou o governante angolano, que puxou dos galões o peso das pescas, agricultura e indústria no Produto Interno Bruto.

São estes, de resto, os sectores que preenchem a FIB/2023, evento que tem como lema a promoção da segurança alimentar.

Rui Miguêns fez saber que a luta contra a insegurança alimentar passará pelo Corredor do Lobito, que representa, como sustenta, uma demonstração de soberania e desenvolvimento económico.

O Corredor do Lobito é citado, pelo Ministro dias depois da confirmação do investimento norte-americano na ordem dos 6 mil milhões de dólares. Deste montante, como anunciou o embaixador dos Estados Unidos da América em Angola e São Tomé, James Story, mil milhões servirão justamente para o apoio à segurança alimentar, basicamente através de silos para o acondicionamento de grãos.

A título de exemplo, a Amer-con, empresa americana, vai construir, no Pólo de Desenvolvimento Industrial da Catumbela, um terminal com dez silos, num investimento de 60 milhões de dólares.

Terá capacidade de armazenagem na ordem de 100 mil toneladas. Presente na FIB com produtos que demonstram a sua aposta na segurança alimentar, o Grupo Carrinho tem no apoio norte-americano uma via para erguer os seus silos, basicamente para o milho, feijão e o trigo.

Numa declaração a propósito das metas do seu país, James Story lembrou que os transportes e as infra-estruturas são fundamentais para a dinamização da actividade agrícola, garantindo oportunidades para empresas angolanas.

Electrificação, construção de pontes e exploração de minerais são outras áreas na agenda dos Estados Unidos.

Já o governador provincial de Benguela, Manuel Nunes Júnior, que também discursou na abertura da FIB, voltou a destacar o Corredor do Lobito muito para lá de uma linha ferroviária conhecida como veículo para movimentação de minerais.

“Queremos ter aqui um pólo de desenvolvimento, por isso a província está aberta ao mundo”, salientou o governador.

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