Sem categoria

Galerias e arte africana – Curadora Paula Fernando no ARCOlisboa

Escrito por figurasnegocios

A sexta edição do ARCOlisboa está de regresso, trazendo consigo uma diversidade de conteúdos artísticos, com a promessa de apresentar um panorama abrangente da cena artística portuguesa em diálogo com a arte espanhola e europeia.

Para a presente edição, a organização fez uma seleção cuidadosa de artistas africanos, trazendo um olhar singular para a produção contemporânea do continente.

A curadora Paula Nascimento, responsável pela apresentação das galerias e artistas africanos na ARCOlisboa, falou sobre a sua  visão sobre a importância dessa participação.

Considera que a feira tem sido experimental ao longo dos anos, voltada principalmente para a arte ibérica, mas com a intenção de se abrir para outras galerias e apresentações.

Em 2019, Paula foi convidada a curar uma secção dedicada à arte contemporânea africana, refletindo o crescente interesse nesse campo nos últimos tempos.

A responsável enumera a colaboração com a ARCOlisboa: “Faço uma curadoria para eles e, embora se chame Africa Focus, não é uma curadoria específica onde tem uma seção na feira com arte africana contemporânea”, tendo sublinhado que “ o meu projecto sempre foi, e vai sendo ajustado ao longo dos anos, de convidar galerias do continente africano, para a feira, e por conseguinte artistas que estão no continente, mas também da diáspora.”

Paula considera que o objectivo não  passa em criar um nicho exótico para a arte africana mas integrá-la completamente.

“o meu projecto sempre foi de convidar galerias do continente africano, para a feira, e por conseguinte artistas que estão no continente, mas também da diáspora.”

De acordo com o programa, a curadora  apresentou oito galerias, algumas delas já participantes recorrentes. “ O que tem  acontecido é que o programa é especial para galerias que vêm durante dois anos. Há galerias que já participaram do programa, mas agora estão na secção principal da feira, sem nenhum apoio. São galerias com as quais continuamos a manter uma comunicação e uma espécie de co-curadoria”, conta.

Paula Nascimento destaca ainda amplitude de abordagens e medias utilizadas pelos artistas africanos e da diáspora: “Temos artistas de lugares diferentes, trabalhando em diferentes medias.

Segundo o programa da feira, as galerias estão espalhadas por todos os sectores, em diálogo com o que são as conversas e temas em voga do momento, e conversas relevantes no contexto global da arte. São artistas que poderiam estar em qualquer sítio.“

Nesta edição Paula  Nascimento busca desmistificar a arte africana contemporânea e abrir caminhos para um diálogo mais amplo: “A ideia para mim sempre foi desmistificar o que é a arte africana contemporânea.

A ARCOlisboa, decorreu de 25 a 28 de Maio na Cordoaria Nacional, em Lisboa, reafirma a sua importância como um espaço de encontro e descoberta, proporcionando uma experiência enriquecedora para galeristas, artistas, colecionadores e visitantes interessados em explorar as diferentes facetas da arte contemporânea, tanto ibérica como africana.

David Viegas

 

Sobre o autor

figurasnegocios

Deixe um comentário