Economia & Negócios

Comércio mundial só irá crescer 1% em 2025

Escrito por figurasnegocios
Vítor Norinha
vnorinha@gmail.com

As barreiras tarifárias é o principal obstáculo ao crescimento do comércio mundial. Analistas do segurador espanhol Crédito y Caución acreditam que o crescimento será reduzido, da ordem de 1% durante o corrente ano. A par dos direitos aduaneiros existe a incerteza política com guerras de há anos que acontecem na Ucrânia e em Gaza. Recorde-se que em março último, os mesmos analistas acreditavam num crescimento ténue de 3% no comércio mundial, mas acabam com uma redução grande perante impactos que são superiores ao esperado.

Para 2026 a perspetiva é de um crescimento mitigado da ordem dos 2%, considerando que a economia global vai-se ajustando às tarifas impostas pela administração Trump, a par da formação de novos núcleos e parcerias estratégicas no comércio mundial. O crescimento sólido registado no 1º trimestre de 2025 resultou da mera antecipação do impacto das tarifas, sendo que nos dois trimestres seguintes a inflexão foi dramática. A maior contração a nível comercial é na região da América dos Norte e Caraíbas, com destaque para os relacionamentos comerciais entre EUA, México e Canadá. Recorde-se ainda que o comércio mundial contraiu em 2023, fruto das incertezas políticas e da guerra na Europa, para recuperar 1,8% em 2024, e voltar a cair para 1% em 2025.

Por outro lado, as grandes potências mundiais em termos de exportações estão a desenhar um novo mapa comercial e onde a América do Note tem menos protagonismos, indicam os mesmos analistas. Na Europa a perspetiva, segundo estas fontes, é um crescimento da produção interna e uma fraca recuperação das exportações, da ordem dos 0,6% este ano, e de estagnação em 2026 com uma evolução positiva de apenas 0,1%. A justificação está na menor procura de bens e na perda de competitividade dos preços no mercado norte-americano. Espera-se que estes efeitos sejam amplificados com a apreciação do euro em face de outras moedas, nomeadamente do US dólar. Referem as mesmas fontes que entre as grandes potências, a China sofrerá menos com os efeitos da guerra comercial e a Europa poderá receber um impulso através das importações, “o que antecipa uma mudança significativa nos padrões comerciais que se tinham vindo a desenvolver até agora.”

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