O presidente de transição de Burquina Faso, Ibrahim Traoré, sobreviveu a mais uma tentativa de assassinato, revelando uma conspiração de alto nível que teria sido motivada por interesses externos e traição interna. Segundo fontes locais, o chefe de gabinete do presidente estaria envolvido na conspiração, tendo admitido ter recebido cerca de 25 bilhões de Francos CFA e armamento vindo da França, com intermediação de Alassane Ouattara, presidente da Costa do Marfim. A tentativa de golpe de Estado foi frustrada graças à mobilização massiva e rápida do povo burquinense, que demonstrou lealdade e determinação em proteger a soberania nacional. A denúncia reacende o debate sobre a influência de potências ocidentais no continente africano. Críticos afirmam que países como França, Reino Unido e outros aliados do Ocidente continuam a agir como forças desestabilizadoras, interferindo em assuntos internos de nações africanas para manter seus próprios interesses económicos e geopolíticos.
Ao longo das décadas, essas potências têm sido acusadas de fomentar conflitos entre países e grupos étnico–religiosos africanos, impedindo a construção de uma verdadeira unidade continental e freando o desenvolvimento local. Na actual conjuntura de Burquina Faso, Ouattara é apontado por muitos como uma figura-chave nessa tentativa de desestabilização — um símbolo de como interesses regionais e internacionais se entrelaçam para minar lideranças africanas independentes.
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