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No Salão de Xangai 2025 CHINESES PERDEM A CABEÇA E FAZEM V8 BITURBO QUE FAZ 8000 rpm

Escrito por figurasnegocios

Em plena era da eletrificação, a GWM V8 biturbo de 4,0,que chega as 8000 rpm. Mas mas também faz parte de um sistema hídrido plug-in


Enquanto a Europa se rende a motores cada vez mais pequenos e eletrificados, do outro lado do mundo os chineses parecem ter perdido a cabeça — no melhor sentido. No Salão de Xangai, a Great Wall Motors (GWM) revelou um novo motor V8 biturbo de 4,0 l, capaz de atingir as 8000 rpm, destinado a modelos híbridos plug-in de luxo das submarcas Tank e Wey.

Num tempo em que a combustão interna parece condenada a desaparecer, este V8 é uma lufada de ar fresco para quem ainda gosta de motores a sério. E não estamos a falar de um projecto reciclado: este motor foi desenvolvido de raiz pela GWM, com uma configuração clássica de bancadas a 90º e dois turbocompressores instalados entre elas — um motor hot V.

Segundo os poucos dados divulgados, além dos 4,0 l e de ter a capacidade de alcançar as 8000 rpm — um feito raro neste tipo de motores, conta ainda com dupla injecção (directa e indirecta) e duas bombas de óleo para garantir o desempenho e a fiabilidade em condições exigentes.
A construção privilegia a leveza, com recurso a alumínio no bloco e ausência quase total de componentes em plástico (algo raro nos dias de hoje).

Este motor surge associado a uma caixa automática de oito velocidades com conversor de binário, funcionando em conjunto com um motor elétrico montado entre o bloco térmico e a transmissão.

Ainda não há números oficiais para a potência máxima combinada, mas não surpreenderia se chegasse aos 700 cv — terá de oferecer um salto significativo face aos 517 cv do sistema híbrido V6 mais potente atualmente oferecido pela GWM.

A pergunta impõe-se:

Porquê desenvolver um novo V8 biturbo quando todo o mundo parece estar a virar as costas à combustão interna? A GWM responde com pragmatismo. Há mercados onde a infraestrutura de carregamento ainda é insuficiente e há clientes que precisam de capacidades de reboque até 3,5 toneladas — necessidades que nem sempre são bem servidas por motorizações exclusivamente eléctricas.

Além disso, o objectivo da GWM é claro: enfrentar rivais como o Toyota Land Cruiser e o Nissan Patrol, mas com uma abordagem técnica, diz o construtor, mais sofisticada e com melhor desempenho.

Ao optar por um sistema híbrido plug-in, a marca chinesa pretende oferecer o melhor dos dois mundos: um motor eléctrico para a cidade e um V8 possante para quando a aventura chama, seja na autoestrada ou longe do asfalto.

Os primeiros modelos a receber este novo sistema híbrido plug-in deverão ser os Tank 700 e Tank 500, mas é provável que o V8 biturbo chegue também a outros modelos topo de gama da GWM.

Para já, não há planos para trazer estes SUV para a Europa.

Contudo, a marca admite essa possibilidade caso exista procura suficiente — quem sabe se não há europeus dispostos a perder a cabeça também?

Por: André Mendes

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