Economia & Negócios

Mercados emergentes e EUA vão impulsionar o retalho de bens duradouros

Escrito por figurasnegocios

Contrastando com as regiões europeia e da Ásia-Pacífico, com destaque para a queda da China, serão os mercados emergentes e os EUA que irão impulsionar o consumo ao longo dos dois próximos anos. As previsões são dos analistas do segurador Crédito Y Caución, que revelam que em 2023 as vendas globais de bens de consumo duradouros foram afetadas pela continuação das pressões inflacionistas. Por outro lado, as taxas de juro elevadas que se mantiveram nos dois últimos anos e que agora começam a dar sinais contrários, pesaram nos rendimentos reais das famílias e na confiança dos consumidores na maior parte do mundo.

Refere a mesma fonte que a nível mundial os riscos para os retalhistas de bens de consumo duradouros continuam elevados e com eventual nova revisão em baixa devido à queda dos mercados bolsistas, ao aumento do desemprego e à volatilidade dos preços das matérias-primas. Quem está pior é a região da Ásia-Pacífico com o crescimento a arrefecer em 2025, sobretudo devido à quebra da procura por parte da China. Na Europa o risco de crédito dos retalhistas de bens de consumo duradouro continua elevado, sobretudo na Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Hungria, Itália, Holanda, Polónia, Portugal, Reino Unido, Suécia e Suíca. Acrescenta o segurador espanhol que “as empresas de menor dimenssão são particularmente vulneráveis a situações de não pagamento e insolvência”. Referem que o setor opera com margens apertadas, a par das políticas comerciais de baixa frequente de preços, enquanto os retalhistas online (que pesam 22% no comérico total) estão a  retirar mercado aos retalhistas com espaços físicos.

Em contraste, os mercados emergentes deverão impulsionar a procura neste sector durante os próximos anos, refere a Credito Y Caución. Também os EUA deverão contribuir para esta recuperação porque têm salários mais elevados do que nos restantes mercados mundiais, uma inflação mais baixa e maiores oportunidades de emprego.

Os analistas acrescentam que “as vendas de produtos ecológicos reciclados e recondicionados representam uma oportunidade de negócio crescente para os retalhistas”. Dizem ainda que as tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada poderão criar experiências de compras imersivas, enquanto os chatbots vão ajudar no comércio “conservasional” em larga escala.

 

 

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