Nuno Borges e o PCA da empresa CFAO, japonesa que modernizou e construiu os portos mineraleiro e o de Sacomar de Mocâmedes. É com ele que o jornalista Victor Aleixo conversou sobre a iniciativa que uma empresa japonesa, antiga concessionária em Angola da Toyota, identificou os portos de Mocamedes para com o beneplácito do governo angolano, dando corpo a cooperação económica e comercial entre os dois governos. De facto,Angola e o Japão corporado pela empresa CFAO deram exemplo como se arvora uma cooperação frutífera entre si.
A entrevista que se segue.
Por: Victor Aleixo (Jornalista) / Fotos: Arquivo NET
F&N- Caro Nuno Borges, como o Japão, através da Toyota, primeiro e depois da CFAO participou e empreendeu o Porto Comercial do Namibe e o Porto Mineraleiro do Sacomar inaugurados pelo Presidente da República?
Nuno Borges (NB) – A Toyota Tsusho Corporation foi o promotor do projecto que fez um consórcio com a empresa de construção japonesa TOA Corporation. Este projecto foi, principalmente financiado pelo Banco de Cooperação Internacional do Japão-JBIC e por mais alguns bancos comerciais.
F&N-Essa iniciativa é primeira do Japão através de uma empresa?
Nuno Borges: Toyota Tsusho Corporation é detentora da empresa CFAO que, por sua vez, detém o capital da CFAO MOBILITY Angola (ex-Toyota de Angola). Está, por esta forma,há muitos anos em Angola.
F&N- Mas Angola é que vos contactou ou é fruto da vossa perspicácia que empreenderam sobre as infra-estruturas do nosso País?
Nuno Borges: O governo angolano manifestou interesse no desenvolvimento deste projecto para o que também necessitava de financiamento. Face a esta manifestação de interesse foram estabelecidos contactos com o JBIC que mostrou disponibilidade para o seu financiamento em condições bastante atractivas.
F&N- Qual o interesse do Japão nos minerais de Angola? Compram já ou produzem em actividade entre empresas dos dois países?
Nuno Borges: No que se refere à Toyota Tsusho não há, neste momento, qualquer manifestação de interesse no mineiro de ferro de Cassinga nem faz parte do seu foco de negócios.
F&N- A propósito, porquê Toyota agora CFAO?
Nuno Borges: A CFAO é um grupo francês que foi adquirido pela TTC há cerca de 11 anos. Este grupo está em África há mais de 100 anos,no sector automóvel e da distribuição. Perante tal experiência e presença em África, a TTC decidiu atribuir a total responsabilidade por estes sectores comerciais à CFAO.
F&N- Uma dinâmica comercial ou estratégia na economia mundial particularmente em África ou sim em Angola?
Nuno Borges: Não respondeu.
F&N.- Quem é o Nuno Borges para o Japão e de Angola e de África?
Nuno Borges: Nuno Borges, foi quadro do Ministério da Indústria até que, em 1991, decidiu abraçar o desafio de criar a Toyota de Angola e por essa via cooperou no estreitamento das relações entre Angola e o Japão, tendo por essa razão sido condecorado pelo Governo do Japão,em 2022. Este ano também condecorado pelo Presidente João Lourenço com a medalha de Paz e Desenvolvimento.
F&N.- Angola e o seu futuro na produção mineraleira sustentável para a sua economia tem no Japão, notadamente do CFAO, a participação conjunta entre empresas com o nosso país ou o Japão funcionará sempre como doador?
N.B.– Pergunta não respondida



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