O princípio da semana trouxe um balde de água fria. Depois de em plena Sala Oval, Trump ter dado como quase certo um encontro entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky para negociações de paz, o ministro dos Negócios Estrangeiros Sergey Lavrov veio colocar um contratempo às expectativas do presidente norte-americano. “Putin está pronto para se reunir com Zelensky quando a agenda estiver pronta para uma cimeira, e essa agenda ainda não está pronta”, disse ao canal norte-americano NBC. Putin veio também esta sexta-feira garantir que “não exclui” o encontro com Zelensky, mas só se for “bem preparado”.
Dias depois, Moscovo lançou um dos mais mortíferos ataques à capital ucraniana. Foi, aliás, o segundo pior de sempre desde o início da guerra, tendo morrido pelo menos 21 pessoas, incluindo quatro crianças.
O ataque aéreo atingiu também edifícios da União Europeia e do British Council em Kiev, o que levou a UE e o Reino Unido a convocarem os principais diplomatas russos. O ex-primeiro-Ministro António Costa, presidente do Conselho Europeu, disse que ficou “horrorizado” com o ataque – que incluiu 598 drones e 31 mísseis.
A missão, que está sediada em Kiev desde 1993, trabalha para “promover as relações políticas e económicas” entre a Ucrânia e a UE. Para além de Costa, que está a preparar uma tour pelas diferentes capitais europeias, Von Der Leyen criticou aquilo que disse ser “mais uma lembrança sombria do que está em jogo”.“O incidente mostra que não há nada que detenha o Kremlin de aterrorizar a Ucrânia e matar cegamente civis, homens, mulheres e crianças, tendo mesmo como alvo a União Europeia”, afirmou.
H. Claudino – jornalista.



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