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Brexit criou barreiras difíceis de superar

Escrito por figurasnegocios
Vítor Norinha
vnorinha@gmail.com

O Reino Unido quer reactivar o potencial económico que lhe deu a ligação à União Europeia, mas o Brexit mantém um conjunto de dificuldades, algumas muito difíceis de ultrapassar. Economistas do segurador Crédito Y Caución afirmam que “o PIB britânico continuará aquém do seu potencial em 2024 e 2025 devido a restrições estruturais como o baixo investimento, a baixa produtividade e as barreiras comerciais criadas pelo Brexit”.

Ora, o novo Governo britânico tem como prioridade a nível económico criar uma relação mais fluída com a União Europeia que representa 52% do seu comércio. Logo após o Brexit o relacionamento comercial tornou-se difícil, com imposições de restrições alfandegárias de ambos os lados mas, o momento actual é de alteração desse comportamento, a bem da potência económica que é o Reino Unido e a bem do bloco comercial que é a UE. O objetivo imediato centra-se num novo acordo alimentar e veterinário que “simplifique os controlos fronteiriços dos produtos de origem animal”. Depois de suprir este entrave os analistas acreditam que será mais fácil racionalizar as cadeias de abastecimento na indústria transformadora, nos serviços financeiros, nos serviços digitais, nas empresas tecnológicas e na logística.

Mas há entraves relevantes apontados pelos defensores do Brexit como aceitar a supervisão do Tribunal de Justiça da União Europeia e, do lado da UE, não será possível dar um tratamento preferencial a um país que rejeitou as vantagens e as obrigações do bloco comercial europeu, sendo necessário “equilibrar cuidadosamente os interesses do Reino Unido e dos 27 Estados-membros da UE”.  Refere a Crédito y Caución que o novo Governo britânico teria de atrair a UE para negociações com “incentivos claros”, mas qualquer iniciativa no sentido de um maior alinhamento regulamentar ou uma atitude mais aberta à livre ciruclação “seria recebido com criticas internas por minar o ideal do Brexit”. Os analistas dizem ainda que um acordo bilateral com os EUA parece improvável a curto prazo e existem indicações de que o Reino Unido retomou negociações com a Índia, Coreia do Sul, Turquia e Suíça.

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