Política

ANGOLANOS ANALISAM “MISSÃO CONGO”

Escrito por figurasnegocios

Analistas angolanos dizem ser uma medida acertada o envio de 500 militares para uma missão de Paz à República Democrática do Congo (RDC), solicitada pelo Chefe de Estado angolano. O contingente vai iniciar com o processo de segurança e acantonamento das forças do M23, segundo o ministro do Estado e Chefe da Casa Militar da Presidência de Angola, Francisco Furtado.

Por: Francisco Paulo / Fotos: Arquivo F&N

Recentemente, o Parlamento angolano autorizou o envio à República Democrática do Congo pelo Presidente João Lourenço, de um contingente militar, no âmbito da Força de Manutenção da Paz das Forças Armadas Angolanas (FAA).

Sobre a iniciativa, o politólogo José Adalberto diz tratar-se de “uma medida acertada”, tendo em conta a posição geoestratégica de Angola a nível da Região dos Grandes Lagos, sobretudo o papel desempenhado pelo Presidente João Lourenço.

“É uma decisão acertada tendo em conta a posição geoestratégica de Angola a nível da Região dos Grandes Lagos, sobretudo pela posição que o Presidente da República tem vindo a desempenhar, no âmbito, por exemplo, da concertação tem tido com o Uganda e Ruanda”, declarou.

A força de Angola, com experiência na gestão de conflitos, pode ser ser importante para apaziguar a situação na região. “Acreditamos que este contingente de 450 efectivos das forças armadas, pela experiência que o país tem no domínio de gestão de conflito, poderão de alguma forma  ajudar na pacificação daquela região da República Democrática do Congo”, indicou José Adalberto.Por sua vez, João José, especialista em Relações Internacionais, destaca à importância do envio de militares angolanos para assegurar as áreas de aquartelamento do M23 no leste da RDC, na qualidade de Luanda ser o principal mediador da crise entre Kinshasa e Kigali.

“É um passo importante que Angola deu. Também temos que dizer que é mais uma forma de Angola reafirmar o seu posicionamento, primeiramente face a este conflito que existe na RDC e é também uma forma para Angola reafirmar o seu poder quer seja como um país negociador e pacificador a nível da região. Não vamos nos esquecer que o Presidente da República foi designado como campeão da paz pela União Africana”, lembrou o especialista em Relações Internacionais. ( RFI).

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