O documentário da FIBA que vai retratar a vida desportiva do basquetebolista Carlos Morais, é o exemplo claro de uma realidade que muitos angolanos enfrentam, a dificuldade em valorizar os próprios talentos e reconhecer os seus méritos, o que acaba por levar ao reconhecimento externo.
O facto da FIBA, uma entidade internacional, se interessar em fazer um documentário sobre a carreira de um dos maiores nomes do basquetebol angolano, como Carlos Morais, é algo que deve ser comemorado, mas também serve como um alerta sobre a nossa tendência de não promover e valorizar as figuras de destaque dentro do país.
Carlos Morais tem sido um ícone do basquetebol angolano, com uma carreira consolidada e conquistando vitórias importantes para o país. Porém, é triste perceber que, muitas vezes, é apenas quando um talento é reconhecido internacionalmente, como neste caso, que passa a ter uma maior atenção entre nós.
O documentário da FIBA é uma excelente oportunidade para o mundo conhecer um pouco mais sobre a história de Carlos Morais, mas deveria servir como um ponto de reflexão para nós, angolanos. Por que é que só quando alguém lá fora reconhece o nosso valor é que decidimos celebrar? Deveríamos estar sempre prontos para reconhecer os nossos heróis e talentos locais, apoiando e incentivando-os, sem esperar pela validação a partir do exterior.
É imperioso que mudemos a forma de encarar e reconhecer os nossos talentos!
Se não formos nós a apoiar os nossos, dificilmente conseguiremos cria fazerr uma cultura que valorize os nossos próprios feitos.
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