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Afrobasket 2025 ANGOLA ORGANIZA A FASE FINAL DO AFROBASKET SÊNIOR MASCULINO

Escrito por figurasnegocios

Em 2025, Angola terá a honra de organizar pela quarta vez a fase final do Afrobasket, o Campeonato Africano de Basquetebol Sênior Masculino, um evento de grande importância para o continente e para o país. Esta será uma oportunidade única para o basquetebol angolano, que já ostenta o recorde de 11 títulos africanos e é considerado uma das potências do basquetebol em África.

Texto: Luís Caetano / Fotos: Arquivo F&N

O grande objectivo de Angola para o Afrobasket 2025 é, sem dúvida, conquistar o 12º título continental, consolidando ainda mais a sua posição como a selecção mais vitoriosa da história da competição. No entanto, alcançar esse objectivo não será tarefa fácil. Será necessário um planeamento estratégico e decisões acertadas, tanto por parte da Federação Angolana de Basquetebol quanto da equipa técnica da selecção, para garantir que a equipa esteja no seu melhor nível e que o título seja conquistado  legitimamente.

Sob a liderança de Moniz Silva, a FAB tem feito o seu melhor, mas para alcançar o tão almejado 12º título continental, será crucial que a federação tome decisões mais sérias e com sério comprometimento. Uma das principais questões será a escolha do técnico da selecção, uma decisão que exige cuidado, pois o treinador tem um papel fundamental na construção da equipa, sendo imprescindível o conhecimento profundo do basquetebol angolano e na definição das estratégias para a competição.

Infelizmente, o basquetebol angolano já sofreu com alguns erros de gestão num passado recente e um dos exemplos mais emblemáticos foi o afastamento de Carlos Morais, um dos melhores jogadores angolanos da história recente. A sua saída da selecção gerou controvérsias e deixou lacunas evidentes na equipa, tanto em termos de liderança na quadra quanto de talento. Morais, que é amplamente reconhecido pelo seu impacto nas competições africanas, deveria ser considerado uma peça-chave no projecto de 2025, caso naturalmente esteja disponível para representar o país.

Para evitar que erros semelhantes aconteçam novamente, é fundamental que a FAB assuma uma postura mais séria e profissional, tanto na gestão da selecção quanto na escolha dos melhores jogadores do momento. Angola tem talentos de sobra, mas a equipa precisa ser montada de forma equilibrada, levando em consideração a experiência, o comprometimento e a qualidade técnica dos atletas, sem “mixas”e sem factores externos ou pessoais que interfiram nas decisões.

A chave para a conquista do 12º título africano será o trabalho sério e o comprometimento de todos os envolvidos, jogadores, equipa técnica, federação e até mesmo patrocinadores e a imprensa.

A preparação física e a coesão táctica serão essenciais para que Angola consiga enfrentar as selecções mais fortes do continente, como  a Côte d’Ivoire, Nigéria, Tunísia e Camarões, que também têm ambições de conquistar o título africano.

Além disso, a motivação psicológica será outro factor crucial. Angola tem uma enorme tradição no basquetebol, e a pressão para conquistar o título em casa será grande. Os jogadores terão que estar prontos para lidar com essa pressão de maneira positiva, transformando-a em energia para superar os desafios que surgirão ao longo da competição. A selecção terá que ser forte, com todos os jogadores focados na vitória.

Outro aspecto importante será o aproveitamento de jovens talentos que começam a se destacar no cenário nacional e internacional.  A formação de novos talentos será fundamental para garantir a continuidade do sucesso do basquetebol angolano. Jogadores como Gerson Domingos e Childe Dundão e outros nomes emergentes têm mostrado potencial para fazer parte da selecção principal e podem ser peças fundamentais para o futuro do nosso basquetebol.

O Afrobasket 2025 será uma grande oportunidade para o basquetebol angolano escrever mais um capítulo glorioso na sua história. No entanto, para que conquistemos o 12* título de forma convincente e sem espinhas, será necessário muito mais do que talento individual. Será preciso planificação, profissionalismo e, acima de tudo, unidade, de Cabinda ao Cunene, entre todos os envolvidos no processo.

Moniz Silva, tem a responsabilidade de fazer as escolhas certas, tanto em relação à equipa técnica quanto à convocação dos jogadores, garantindo que os melhores estejam presentes, sem deixar que questões externas afectem o desempenho da selecção. O caminho para o 12º título começa com o trabalho sério de hoje.

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