Dossier

O CORREDOR DO LOBITO E SUAS ORIGENS

Escrito por figurasnegocios

O Corredor do Lobito é uma das infraestruturas mais importantes de transporte e desenvolvimento econômico em Angola, com uma longa história que reflete os esforços de integração regional e expansão comercial no sul da África.


O rigens e Construção – O Corredor do Lobito tem suas origens no século XIX, durante o período colonial português. Ele foi concebido para ligar o porto do Lobito, na costa atlântica de Angola, às regiões interiores ricas em recursos naturais, como o cobre da província de Katanga, na atual República Democrática do Congo (RDC), e as riquezas minerais da Zâmbia. A ideia era facilitar o escoamento de minerais e mercadorias dessas áreas para o mercado internacional.

A construção começou em 1903, e o ponto principal do corredor é a Linha de Caminho de Ferro de Benguela (CFB), que conecta o Lobito a localidades no interior de Angola e além-fronteiras. O trabalho de construção foi árduo, enfrentando terrenos difíceis, florestas densas e um clima desafiador. Em 1929, a linha chegou à fronteira com o então Congo Belga (RDC), completando cerca de 1.344 km de ferrovia.

Importância Estratégica e Econômica – Durante o século XX, o Corredor do Lobito desempenhou um papel estratégico na exportação de recursos minerais, especialmente o cobre, da RDC e da Zâmbia. O porto do Lobito era uma alternativa mais curta e econômica em comparação com outros portos da África Austral, como Durban, na África do Sul.

Além disso, o corredor serviu como uma via de desenvolvimento econômico para Angola, contribuindo para o crescimento de cidades ao longo da ferrovia, como Benguela e Huambo.

Impacto da Guerra Civil – A guerra civil angolana (1975-2002) teve um impacto devastador sobre o Corredor do Lobito. A infraestrutura ferroviária foi severamente danificada, interrompendo o tráfego de mercadorias e prejudicando a conectividade regional. Durante esse período, o corredor perdeu sua relevância econômica, e muitas comunidades que dependiam dele enfrentaram um colapso econômico.

Reconstrução e Modernização – Com o fim da guerra, o Corredor do Lobito passou por uma grande reconstrução e modernização. O governo angolano, em parceria com empresas internacionais, investiu na reabilitação da ferrovia e na modernização do porto do Lobito. Em 2014, o corredor foi reaberto oficialmente, retomando sua função como uma rota vital para o comércio regional.

Hoje, o Corredor do Lobito é promovido como um eixo estratégico para a integração econômica da África Austral. Ele facilita o transporte de mercadorias, pessoas e serviços entre Angola, RDC e Zâmbia, contribuindo para o crescimento do comércio e o desenvolvimento sustentável.

Significado Atual – O Corredor do Lobito representa:

  • Integração Regional: Um exemplo de conectividade entre países africanos, incentivando o comércio intra-regional.
  • Pilar do Desenvolvimento: Um meio para Angola diversificar sua economia e reduzir a dependência do petróleo.
  • Porta de Exportação: Um canal eficiente para o escoamento de minerais e outros produtos agrícolas e industriais.

A história do Corredor do Lobito é, portanto, uma narrativa de visão, adversidade e renovação, destacando seu papel crucial na economia de Angola e na região da África Austral.envolvimento econômico em Angola, com uma longa história que reflete os esforços de integração regional e expansão comercial no sul da África.

Origens e Construção – O Corredor do Lobito tem suas origens no século XIX, durante o período colonial português. Ele foi concebido para ligar o porto do Lobito, na costa atlântica de Angola, às regiões interiores ricas em recursos naturais, como o cobre da província de Katanga, na atual República Democrática do Congo (RDC), e as riquezas minerais da Zâmbia. A ideia era facilitar o escoamento de minerais e mercadorias dessas áreas para o mercado internacional.

A construção começou em 1903, e o ponto principal do corredor é a Linha de Caminho de Ferro de Benguela (CFB), que conecta o Lobito a localidades no interior de Angola e além-fronteiras. O trabalho de construção foi árduo, enfrentando terrenos difíceis, florestas densas e um clima desafiador. Em 1929, a linha chegou à fronteira com o então Congo Belga (RDC), completando cerca de 1.344 km de ferrovia.

Importância Estratégica e Econômica – Durante o século XX, o Corredor do Lobito desempenhou um papel estratégico na exportação de recursos minerais, especialmente o cobre, da RDC e da Zâmbia. O porto do Lobito era uma alternativa mais curta e econômica em comparação com outros portos da África Austral, como Durban, na África do Sul.

Além disso, o corredor serviu como uma via de desenvolvimento econômico para Angola, contribuindo para o crescimento de cidades ao longo da ferrovia, como Benguela e Huambo.

Impacto da Guerra Civil – A guerra civil angolana (1975-2002) teve um impacto devastador sobre o Corredor do Lobito. A infraestrutura ferroviária foi severamente danificada, interrompendo o tráfego de mercadorias e prejudicando a conectividade regional. Durante esse período, o corredor perdeu sua relevância econômica, e muitas comunidades que dependiam dele enfrentaram um colapso econômico.

Reconstrução e Modernização – Com o fim da guerra, o Corredor do Lobito passou por uma grande reconstrução e modernização. O governo angolano, em parceria com empresas internacionais, investiu na reabilitação da ferrovia e na modernização do porto do Lobito. Em 2014, o corredor foi reaberto oficialmente, retomando sua função como uma rota vital para o comércio regional.

Hoje, o Corredor do Lobito é promovido como um eixo estratégico para a integração econômica da África Austral. Ele facilita o transporte de mercadorias, pessoas e serviços entre Angola, RDC e Zâmbia, contribuindo para o crescimento do comércio e o desenvolvimento sustentável.

Significado Atual – O Corredor do Lobito representa:

  • Integração Regional: Um exemplo de conectividade entre países africanos, incentivando o comércio intra-regional.
  • Pilar do Desenvolvimento: Um meio para Angola diversificar sua economia e reduzir a dependência do petróleo.
  • Porta de Exportação: Um canal eficiente para o escoamento de minerais e outros produtos agrícolas e industriais.

A história do Corredor do Lobito é, portanto, uma narrativa de visão, adversidade e renovação, destacando seu papel crucial na economia de Angola e na região da África Austral.


JOE BIDEN: O FUTURO DO MUNDO ESTÁ AQUI, EM ÁFRICA, EM ANGOLA

O Presidente norte-americano afirmou que o futuro do mundo está em Angola e em África e que os Estados Unidos estão totalmente com o continente. Joe Biden fez as declarações num encontro com o seu homólogo João Lourenço, declarando-se “orgulhoso” por ser o primeiro Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) a visitar Angola e pelo que têm feito juntos para “transformar a parceria”.

“Há muito que podemos fazer, há muito que podemos fazer. Os resultados, até agora, falam por si mesmos”, disse Biden a João Lourenço, agradecendo a hospitalidade.

Joe Biden abordou os investimentos norte-americanos em Angola, desde o corredor do Lobito aos projectos de energia solar e infraestruturas de Internet e telecomunicações.

Falou também sobre os investimentos para aumentar produção agrícola, “para que Angola possa alimentar-se” e também ao resto do mundo, considerando o sector como “uma boa oportunidade” para a economia nacional.

Os Estados Unidos, afirmou, estão “totalmente com África” e com Angola, assinalando que a sua administração já investiu três mil milhões de dólares em Angola até agora.

“O futuro do mundo está aqui, em África, em Angola”, destacou, afirmando que faz também parte das suas prioridades em Angola discutir como se garante a democracia para as pessoas, salientando o empenho de João Lourenço nesta área.

Joe Biden afirmou que os Estados Unidos não têm todas as respostas por serem maiores ou mais fortes, e estão prontos para ouvir quais são as necessidades de Angola, em particular no que diz respeito ao financiamento internacional.

“E eu digo do fundo do meu coração, o futuro do mundo é em África”, declarou, considerando que este será em 20 anos a maior economia do mundo.

“Quanto mais bem sucedidos vocês forem, mais bem sucedidos nós seremos e mais bem sucedido será o mundo”, concluiu o chefe de Estado norte-americano.

Joe Biden chegou a Luanda ao final do dia de Segunda-feira, para aquela que é a primeira visita de um chefe de Estado norte-americano ao país. Esta Terça-feira, além de se reunir, em Luanda, com João Lourenço, discursa no Museu da Escravatura.

O Presidente cessante dos Estados Unidos segue Quarta-feira para o Lobito, cidade que vai acolher uma cimeira internacional sobre o Corredor do Lobito, infraestrutura que conta com investimentos significativos dos Estados Unidos e da União Europeia, e que vai permitir a ligação do porto da cidade à República Democrática do Congo e à Zâmbia, num projecto que permitirá o escoamento de minérios e outros recursos através do Atlântico.

PONTUAL,
fonte credível de informação.

Joe Biden
VISITA MUSEU DA ESCRAVATURA EM LUANDA

A decisão de decretar tolerância de ponto em Luanda, devido à visita do Presidente dos Estados Unidos, reflete uma abordagem inadequada de gestão pública, cujos custos econômicos e sociais são substanciais. Essa medida, tomada sem aviso prévio adequado, afeta diretamente a produtividade do país, prejudica o planejamento das empresas e dos cidadãos e causa constrangimentos significativos na rotina diária da população.

Impactos Econômicos Diretos:

Perda de Produção em Luanda: – Luanda contribui com cerca de 40% do PIB nacional, estimado em 105 mil milhões USD anuais. Isso significa que um dia útil parado na capital pode representar uma perda de aproximadamente 86,3 milhões USD (PIB anual dividido por 365 e ajustado para a participação da capital. Pequenos negócios que dependem do dia-a-dia (mercados informais, lojas e serviços) enfrentarão quedas nas vendas, resultando em prejuízos diretos para milhares de famílias.

No setor formal, fábricas e serviços interrompem a produção, afetando prazos e contratos internacionais, a ausência de produção significa menos circulação de bens e serviços e, portanto, menos impostos recolhidos. Estima-se que um dia parado reduza em 2 a 4 de milhões USD a arrecadação do Estado em impostos indiretos.

Impacto no Setor Informal:

Em Angola, o setor informal representa cerca de 80% do mercado de trabalho. Para vendedores ambulantes, motoristas de táxi, e trabalhadores diários, um dia sem atividade é um dia sem renda, agravando a vulnerabilidade econômica dessas famílias.
Para Investidores, especialmente estrangeiros, podem interpretar essa medida como falta de previsibilidade nas políticas públicas, o que prejudica a atratividade de Angola como destino de negócios.

Conclusão: A tolerância de ponto decretada para a visita do Presidente dos EUA causou prejuízos diretos à economia de Luanda e ao bem-estar da população. A falta de aviso prévio adequado amplificou os impactos negativos, desorganizando vidas e prejudicando tanto trabalhadores formais quanto informais.

Embora a diplomacia seja crucial, é imperativo que o governo angolano encontre soluções que conciliem segurança e produtividade, evitando comprometer um dTolerância de Ponto em Luanda pela Visita do Presidente dos Estados Unidos da América.

Por: Nadilson Pai

TOLERÂNCIA DE PONTO EM LUANDA PELA VISITA DO PRESIDENTE DOS EUA

A decisão de decretar tolerância de ponto em Luanda, devido à visita do Presidente dos Estados Unidos, reflete uma abordagem inadequada de gestão pública, cujos custos econômicos e sociais são substanciais. Essa medida, tomada sem aviso prévio adequado, afeta diretamente a produtividade do país, prejudica o planejamento das empresas e dos cidadãos e causa constrangimentos significativos na rotina diária da população.

Impactos Econômicos Diretos:

Perda de Produção em Luanda: Luanda contribui com cerca de 40% do PIB nacional, estimado em 105 mil milhões USD anuais. Isso significa que um dia útil parado na capital pode representar uma perda de aproximadamente 86,3 milhões USD (PIB anual dividido por 365 e ajustado para a participação da capital. Pequenos negócios que dependem do dia-a-dia (mercados informais, lojas e serviços) enfrentarão quedas nas vendas, resultando em prejuízos diretos para milhares de famílias.

No setor formal, fábricas e serviços interrompem a produção, afetando prazos e contratos internacionais, a ausência de produção significa menos circulação de bens e serviços e, portanto, menos impostos recolhidos. Estima-se que um dia parado reduza em 2 a 4 de milhões USD a arrecadação do Estado em impostos indiretos.

Impacto no Setor Informal: Em Angola, o setor informal representa cerca de 80% do mercado de trabalho. Para vendedores ambulantes, motoristas de táxi, e trabalhadores diários, um dia sem atividade é um dia sem renda, agravando a vulnerabilidade econômica dessas famílias.
Para Investidores, especialmente estrangeiros, podem interpretar essa medida como falta de previsibilidade nas políticas públicas, o que prejudica a atratividade de Angola como destino de negócios.

Conclusão: A tolerância de ponto decretada para a visita do Presidente dos EUA causou prejuízos diretos à economia de Luanda e ao bem-estar da população. A falta de aviso prévio adequado amplificou os impactos negativos, desorganizando vidas e prejudicando tanto trabalhadores formais quanto informais.

Embora a diplomacia seja crucial, é imperativo que o governo angolano encontre soluções que conciliem segurança e produtividade, evitando comprometer um dTolerância de Ponto em Luanda pela Visita do Presidente dos Estados Unidos da América.

Por: Nadilson Paim

Museu da Escravatura rm Luanda
EUA ANUNCIAM FUNDO DE USD 229 MIL PARA REABILITAÇÃO

O Governo norte-americano anunciou esta Terça-feira um fundo de 229.000 dólares para reabilitação do Museu da Escravatura, em Luanda, e o seu apoio à candidatura do corredor do Kwanza, rota por onde passaram milhões de escravos, a Património Mundial.

Os anúncios foram feitos por ocasião da visita de Joe Biden a Angola, a primeira de um Presidente norte-americano a este país e a primeira a um país da África subsaariana desde 2015.

Joe Biden que cumpre um programa de 72 horas dividido entre a capital e a segunda cidade do país, Benguela, discursa esta Terça-feira no Museu Nacional da Escravatura, onde deverá evocar esta herança trágica do passado histórico de dois países ligados pelo comércio transatlântico de pessoas escravizadas.

Em 1619, um navio que transportava africanos escravizados capturados em Angola e obrigados a marchar através de uma rota conhecida como Corredor do Kwanza desembarcou em Hampton, Virgínia, estimando-se que existam actualmente cerca de 12 milhões de americanos de ascendência angolana.

“Os Estados Unidos apoiam a candidatura de Angola do Corredor do Kwanza à lista de Património Mundial da UNESCO, como forma de olhar para o futuro, de restabelecer laços culturais e de celebrar a riqueza e a beleza de Angola”, refere-se numa nota do Governo norte-americano enviada à Lusa, em que anuncia uma subvenção de 229.000 dólares para apoiar o restauro e a conservação da Residência Álvaro de Carvalho Matoso, de 1786, edifício que alberga o Museu Nacional da Escravatura.

Fundado em 1977, o museu “oferece uma programação que promove uma mensagem de harmonia, humanismo e respeito pelos direitos humanos” e os fundos serão utilizados para o restauro das galerias exteriores e interiores do edifício, segundo o Governo norte-americano.

Biden e o seu homólogo João Lourenço reuniram-se esta Terça-feira de manhã no Palácio Presidencial onde abordaram questões relativas ao comércio, investimento e infra-estrutura, segurança e estabilidade regional e aprofundamento da cooperação entre os dois países.

Na Quarta-feira, o chefe de Estado norte-americano viaja para o Lobito para participar numa cimeira sobre investimentos multilaterais para acelerar o desenvolvimento do Corredor do Lobito, juntamente com os Presidentes de Angola, República Democrática do Congo, Tanzânia e Zâmbia.

Angola é o quarto maior parceiro comercial dos Estados Unidos na África subsaariana, com as trocas comerciais a ascenderem a 1,77 mil milhões de dólares em 2023.

Os dois países estabeleceram, em Novembro deste ano, um memorando de entendimento relativo à Parceria de Investimento e Comércio EUA-Angola e o departamento de comércio norte-americano está a promover uma missão comercial para os portos e ferrovias da África Subsaariana, em 2025, em Angola e África do Sul, para apresentar às companhias norte-americanas o potencial destes sectores nos mercados africanos.

Os EUA promoveram também uma missão ligada ao agronegócio, em Fevereiro deste ano, durante o qual foram realizados 140 encontros entre empresários, com os participantes norte-americanos a preverem um aumento de 13,3 milhões nas vendas dos próximos 12 meses.

EUA e Angola assinaram também acordos para facilitar as ligações aéreas e o comércio bilateral, através da iniciativa África Próspera, no âmbito da qual foram realizados negócios no valor de 6,9 mil milhões de dólares desde 2021.

Desde 2022, o Exim Bank, entidade norte-americana de apoio às exportações financiou projectos em Angola no valor de 2,9 mil milhões em projectos de energias renováveis, infra-estruturas e telecomunicações.

Segundo a informação do Governo norte-americano à Lusa, este mês, a agência norte-americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla inglesa) vai canalizar mais 650 mil dólares para assistência técnica para apoiar o Ministério das Finanças na gestão de riscos financeiros e de dívida.

Nos últimos quatro anos, o Departamento do Tesouro “tem apoiado os esforços de Angola para reduzir as vulnerabilidades face à divida através de assistência técnica”, o que permitiu ao Governo reperfilar a dívida interna e baixar as taxas de juro, segundo a nota enviada à Lusa.

O documento refere também a cooperação no domínio da defesa, estando prevista a realização de um novo encontro do Comité Misto Anglo-Americano de Cooperação para a Defesa (DEFCOM), em Luanda, em 2025, depois da primeira reunião, em Junho de 2024 no Pentágono.

Desde 2020, os Estados Unidos gastaram mais de 17 milhões de dólares com a formação de militares angolanos, tendo aumentado no ano passado a assistência anual de 500 mil para 600 mil dólares e vão fornecer aos fuzileiros navais angolanos oito embarcações, as últimas das quais serão entregues em 2025.

Os EUA têm financiado também programas de ajuda humanitária, desenvolvimento de estratégias de cibersegurança, combate ao branqueamento de capitais e crimes de terrorismo, assistência a refugiados e requerentes de asilo, pesquisa oceanográfica, combate ao HIV/SIDA e malária, etc.

Segundo o Governo norte-americano, a USAID disponibilizou quase 415 milhões de dólares para tratar e prevenir a doença e formou mais de 12 mil trabalhadores, o que permitiu um decréscimo de 29 por cento nas mortes por malária em 2023 nas províncias abrangidas pela iniciativa PMI em comparação com os níveis de 2020.

O departamento de Estado mostra-se igualmente disponível para continuar a financiar a promoção dos direitos humanos, de acordo com a disponibilidade dos fundos e a fornecer bolsas a estudantes angolanos, bem como outros apoios na área da Educação.

A visita, inicialmente prevista para Outubro, acontece cerca de um ano depois de Biden ter recebido João Lourenço em Washington.

 C/VA
PONTUAL, fonte credível de informação.

Parceria para Infraestrutura Global e Investimento no Corredor Lobito:
BIDEN ANUNCIA MAIS DE USD 560 MILHÕES EM NOVOS FINANCIAMENTOS

Os Estados Unidos e Angola estão coorganizando o cume da Parceria para Infraestrutura Global e Investimento (PGI) do Corredor Lobito Trans-Africa, reunindo líderes da República Democrática do Congo (RDC), Tanzânia, Zâmbia, bem como da Africa Finance Corporation (AFC).

Os líderes reafirmaram o seu compromisso em continuar a desenvolver o Corredor e investir em infraestrutura para conectar os Oceanos Atlântico e Índico. Eles ainda se comprometerão a acelerar a próxima fase do Corredor com o novo projeto ferroviário Zâmbia-Lobito.

O Cume destacará a importância de possibilitar investimentos privados sustentáveis que desbloqueiem o crescimento económico inclusivo e o desenvolvimento sustentável para as comunidades locais e regionais. Através da PGI — uma iniciativa bipartidária em parceria com o G7+, para infraestrutura estratégica, orientada por valores e com altos padrões de investimento em países de rendimentos baixos e médios — os Estados Unidos e seus parceiros têm como objetivo impactar positivamente a vida das pessoas, fortalecer e diversificar as cadeias de abastecimento, proteger os trabalhadores e avançar os interesses comuns de segurança nacional. O Corredor Lobito Trans-Africa, que tem como âncoras investimentos ferroviários centrais, é um corredor económico transformador que conecta a região e acelera o comércio e o crescimento dos principais setores que apoiam a diversificação económica e as prioridades de desenvolvimento dos líderes africanos.

Os Estados Unidos estão a trabalhar com parceiros em todo o mundo para replicar o sucesso do Corredor Lobito Trans-Africa e ajudar a preencher a lacuna global de infraestrutura. Em setembro de 2024, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou a conclusão de um estudo de viabilidade inicial e o lançamento da avaliação de impacto ambiental e social para o projeto ferroviário Zâmbia-Lobito, uma linha ferroviária de 800 quilômetros que está a ser construída do zero, ligando Angola à Zâmbia pela primeira vez. Juntos, esses estudos garantem que o projeto seja viável económica e financeiramente e será entregue de acordo com as melhores práticas internacionais em relação a trabalho, participação comunitária e proteção ambiental. A AFC, Angola e Zâmbia também celebraram a assinatura do acordo de concessão, que permite que a próxima fase de desenvolvimento continue. A data prevista para o início da obra é o início de 2026. O presidente Biden anunciou mais de 560 milhões de dólares em novos financiamentos, incluindo compromissos que devem gerar pelo menos 200 milhões de dólares em capital adicional do setor privado, para projetos de infraestrutura ao longo do Corredor, elevando o total dos investimentos dos EUA para mais de 4 bilhões de dólares. Com esses anúncios e, juntamente com os parceiros do G7 e os bancos regionais de desenvolvimento, o investimento internacional no Corredor Lobito ultrapassou 6 bilhões de dólares. Esses investimentos serão mobilizados para novos e contínuos projetos que suportam o potencial económico e os impactos do desenvolvimento do Corredor em vários setores interconectados, incluindo transporte e logística, agricultura, energia limpa e cadeias de abastecimento associadas, saúde e acesso digital.

Transporte e Logística Infraestruturas ferroviárias e outros tipos de infraestrutura de transporte e logística formam a espinha dorsal do Corredor e irão permitir a expansão do comércio e do crescimento dos negócios. Embora esses investimentos sejam tradicionalmente de responsabilidade do setor público, os Estados Unidos, através da PGI, estão a apoiar projetos impulsionados comercialmente que asseguram eficiência e manutenção sustentável a longo prazo. Após a diligência prévia anunciada pelo Presidente Biden em maio de 2023, a Corporation for International Development Finance (DFC) anunciou o compromisso de um empréstimo direto de 553 milhões de dólares para a Ferrovia Atlântica Lobito com o objetivo de atualizar e operar uma linha ferroviária de 1.300 quilômetros do Porto do Lobito até à cidade de Luau, na fronteira com a RDC. Este investimento apoia o projeto ferroviário de âncora da primeira fase do Corredor Lobito Trans-Africa e é a base sobre a qual serão feitos outros investimentos de alta qualidade nos setores de agricultura, saúde, energia e serviços financeiros. As melhorias operacionais na Ferrovia Atlântica Lobito já aumentaram o número de remessas de carga, que passaram de uma por mês para duas por semana. A USAID e o Ministério dos Transportes de Angola estão a assinaram um MOU para apoiar novos equipamentos de pessoal e TI, com o objectivo de ajudar o Ministério a aproveitar os investimentos privados na infraestrutura e no desenvolvimento de Angola. Isto seguiu-se ao subsídio de cerca de 1 milhão de dólares anunciado anteriormente em 2024 pela USAID para apoiar o ministério. A linha ferroviária âncora da segunda fase do Corredor Lobito Trans-Africa, o novo projeto ferroviário Zâmbia-Lobito, foi lançada em outubro de 2023, com a AFC como o principal desenvolvedor do projeto. Com base nos 5 milhões de dólares iniciais para estudos de viabilidade e desenvolvimento do projeto, a AFC está a anunciar o compromisso de mobilizar até 500 milhões de dólares através de vários instrumentos financeiros para garantir que o projeto alcance o fechamento financeiro, de acordo com seu histórico. Em Outubro de 2024, a KoBold Metals, uma empresa dos EUA, assinou um MOU com a AFC para apoiar a viabilidade comercial do projeto ferroviário Zâmbia-Lobito com mais de 300.000 toneladas de cobre por ano da sua mina Mingoma. A AFC colaborará com a KoBold para apoiar o projeto Mingoma, por meio de uma combinação de financiamento para desenvolvimento de projetos, equity ou financiamento de dívidas conforme necessário. A AFC assinou MOUs este mês para um adicional de 170.000 toneladas de compromissos mínimos de frete com projetos de mineração zambianos, incluindo a Kobaloni Energy, que está a planejar construir a primeira refinaria de sulfato de cobalto no continente africano, e a First Quantum Minerals, uma das 10 maiores produtoras de cobre do mundo. Esses compromissos ajudarão o novo projeto ferroviário Zâmbia-Lobito a levantar capital a um custo mais baixo. Os MOUs também marcam o início da criação de uma rota de cadeia de abastecimento diversificada para os minerais críticos que suportam a transição energética global. Desde 1995, os Estados Unidos forneceram mais de 164 milhões de dólares para a desminagem humanitária em Angola. Esta assistência salva vidas e desempenha um papel fundamental em reforçar a segurança humana, proporcionando acesso seguro à terra para o desenvolvimento económico e facilitando a conservação ambiental na Bacia do Rio Okavango. O Departamento de Estado dos EUA anunciou 9 milhões de dólares em assistência à desminagem para os próximos dois anos, o que facilitará a construção da ferrovia ao longo do Corredor Lobito Trans-Africa, bem como outras metas de desenvolvimento económico em Angola, como parte de uma campanha plurianual para que Angola atinja o status livre de minas. Com um contrapartida de 10 milhões de dólares do Governo de Angola, os parceiros implementadores poderão limpar as minas deixadas pela longa guerra civil de Angola, permitindo que a terra seja recultivada para a agricultura e outros usos.

 Em dezembro de 2023, o Millennium Challenge Corporation (MCC) selecionou a Tanzânia para desenvolver um programa de comércio e investimento destinado a facilitar o comércio com os países vizinhos e resolver barreiras comerciais. O programa está previsto para ser lançado no final de 2025 e baseia-se em mais de 700 milhões de dólares em investimentos anteriores do Millennium Challenge Corporation (MCC) em governança, transporte, energia e água na Tanzânia. Agricultura Em apoio aos esforços dos Estados Unidos para acelerar o crescimento económico liderado pela agricultura em Angola e nos nossos parceiros ao longo do Corredor Lobito Trans-Africa, os Estados Unidos estão a investir no processamento de alimentos com valor acrescentado e a conectar os agricultores aos mercados globais. Estes investimentos também cumprem o compromisso do Presidente Biden no âmbito da Parceria EUA-África para Promover a Segurança Alimentar e Sistemas Alimentares Resilientes, para aumentar os nossos investimentos na construção de sistemas alimentares mais resilientes em África e desbloquear o enorme potencial de produção agrícola da África. Durante a sua estadia em Angola, Joe Biden reuniu com empresas que estão a investir no Corredor Lobito Trans-Africa, possibilitado pelo apoio dos EUA. Ele visitará as instalações de produção do Grupo Carrinho, o maior produtor de alimentos de Angola, que está a expandir rapidamente a rede de agricultores familiares de onde obtém produtos crus para os produtos vendidos em todo o país. O Presidente Biden celebrou o primeiro envio de produtos alimentares Carrinho ao longo da linha ferroviária Lobito-Atlântico, que serão vendidos na RDC, apoiando a segurança alimentar regional. Para melhorar a expansão da agricultura, a USAID fez uma parceria com a Carrinho através de um programa existente de 5,5 milhões de dólares e uma parceria público-privada focada no empoderamento das mulheres, para facilitar a compra de grãos e produtos cultivados pelas comunidades ao longo do Corredor. Em novembro de 2024, o DFC assinou uma Carta de Intenções não vinculativa para explorar um empréstimo que apoiaria a Carrinho a comprar e instalar equipamentos de armazenamento de grãos para alcançar mais agricultores ao longo do Corredor ferroviário e hubs-chave. Complementando esses investimentos, está o financiamento já anunciado pelo Export-Import Bank dos Estados Unidos (EXIM) para construir 186 pontes rurais. Este financiamento apoiará ainda mais milhares de pequenos agricultores para participarem nesta cadeia de valor agrícola sustentável à medida que a Carrinho expande sua rede de agricultores para dois milhões até 2030. BAD entra na corrida O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) anunciou a sua intenção de financiar 370 milhões de dólares em três projetos agrícolas facilitando o comércio regional e a segurança alimentar, e promovendo cadeias de valor agrícolas comerciais sustentáveis. Espera-se que esses projetos mobilizem 100 milhões de dólares adicionais em capital do setor privado e melhorem a segurança alimentar, promovam a inclusão económica das comunidades locais, incluindo pequenas e médias empresas, e criem empregos no setor agrícola e em outros setores ao longo do Corredor Lobito Trans-Africa. Para acelerar a implementação, o Departamento do Tesouro dos EUA comprometerá 3 milhões de dólares para o Banco apoiar os preparativos e os estudos de viabilidade do projeto. Isso complementa o compromisso do Banco em novembro de 2023 de 500 milhões de dólares para investir no projeto ferroviário Zâmbia-Lobito, e soma-se aos 289 milhões de dólares em infraestrutura agrícola e projetos de cadeias de transporte no RDC que o Banco financiou em julho de 2024. Isso eleva o total de investimento do Banco no Corredor para mais de 1 bilhão de dólares nos últimos 12 meses. Em Outubro de 2024, um consórcio dos EUA liderado pela Amer-Con Corporation assinou um MOU com a ARCCLA, a entidade pública angolana dentro do Ministério dos Transportes responsável pelo Corredor Lobito Trans-Africa, para construir e operar terminais de silos e pontos de coleta nas plataformas logísticas planejadas ao longo do Corredor e em todo o país. O projeto focará em culturas básicas como milho, arroz, soja e trigo. Este projeto aumentará a produção local, melhorará a segurança alimentar e estimulará o crescimento económico como parte da estratégia da Rede Nacional de Silos de Grãos, que visa alcançar uma capacidade de armazenamento de 2,2 milhões de toneladas e reduzir as perdas pós-colheita. No ano fiscal de 2024, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) comprometeu quase 300 milhões de dólares que utilizarão commodities dos EUA para ajudar a fortalecer a segurança alimentar em toda a África. Esses programas fornecem refeições escolares críticas e programas de alfabetização, além de facilitar o desenvolvimento económico agrícola em nove países africanos, incluindo Angola e Tanzânia. Em Angola, o USDA trabalhará com a World Vision através de um acordo McGovern-Dole de 27,5 milhões de dólares para fornecer refeições escolares para mais de 80.000 beneficiários em três províncias. O projeto fornecerá mais de 5.000 toneladas métricas de commodities nutritivas dos EUA e mais de 4.000 toneladas métricas de frutas e vegetais adquiridos localmente para apoiar as refeições escolares e os programas de alfabetização em oito municípios das províncias de Benguela, Cunene e Huila. Na Tanzânia, o USDA trabalhará com a Lutheran World Relief através de um acordo Food for Progress de mais de 35 milhões de dólares para apoiar a segurança alimentar de 30.000 beneficiários por meio da implementação de práticas agrícolas inteligentes em relação ao clima no setor avícola para pequenos agricultores. Em outubro de 2024, o Millennium Challenge Corporation (MCC) assinou um programa de compactação de 458 milhões de dólares com a Zâmbia, focado em catalisar o crescimento económico inclusivo nos setores agrícola e agroprocessador. O programa, que inclui uma contribuição adicional de 33 milhões de dólares do Governo da Zâmbia, visa reduzir o custo de transporte de produtos agrícolas e bens processados para os mercados, aumentar a disponibilidade de equipamentos para pequenos e médios agricultores e processadores, aumentar o financiamento para projetos de infraestrutura que apoiam a agricultura e catalisar reformas no setor agrícola para atrair maiores investimentos privados. O compacto será construído com base nos 378 milhões de dólares em investimentos anteriores do MCC na Zâmbia para remover barreiras ao comércio e melhorar a infraestrutura hídrica, distribuição e reformas. Em Setembro de 2024, o DFC comprometeu um empréstimo de 5 milhões de dólares à Community Markets for Conservation Limited na Zâmbia para expandir o seu negócio de processamento de alimentos e apoiar a adoção de práticas sustentáveis baseadas na conservação nas zonas rurais da Zâmbia. Este empréstimo constrói-se sobre o empréstimo de 10 milhões de dólares ao Seba Foods Zambia Ltd., anunciado no PGI Lusaka Investment Forum em Fevereiro de 2024. O DFC também chegou a um compromisso com uma garantia de portfólio de empréstimos de 6 milhões de dólares patrocinada pela USAID para a empresa angolana Kixicrédito S.A., que apoiará o financiamento a micro, pequenas e médias empresas direcionadas ao setor agrícola, incluindo empresas ao longo do Corredor Lobito Trans-Africa. Energia Limpa A África detém aproximadamente 39% do potencial mundial de energia renovável. Os Estados Unidos estão comprometidos em apoiar as crescentes necessidades energéticas das pessoas e empresas ao longo do Corredor Lobito Trans-Africa com fontes renováveis que abastecem comunidades e indústrias.

Os Estados Unidos apoiam o objectivo de Angola de gerar 73% de sua energia a partir de fontes limpas até 2027, bem como as necessidades energéticas atuais e futuras ao longo do Corredor Lobito Trans-Africa à medida que novas empresas e setores se desenvolvem. Através do PGI, o Departamento de Estado está a fornecer assistência técnica para fortalecer a capacidade do governo angolano em atingir as metas nacionais de energia, reduzir os gases de efeito estufa e expandir o acesso à eletricidade. Em Angola, a empresa americana Sun Africa faz parte de um compromisso histórico de financiamento do EXIM superior a 2,4 bilhões de dólares, conectando um milhão de angolanos à eletricidade limpa. Esta segunda fase do projeto inclui mais 320 megawatts a partir de sistemas de minirredes distribuídas em quatro províncias do sul, juntamente com projetos de fornecimento de água potável.

A Sun Africa está a receber apoio do Power Africa, e recebeu suporte de vários parceiros interinstitucionais do Power Africa, incluindo a USAID, o Departamento de Comércio, o Departamento de Estado e o EXIM. Através do programa Empower Southern Africa da USAID sob o Power Africa, os Estados Unidos planejam firmar uma parceria formal com a Empresa Nacional de Transmissão de Angola para realizar importantes linhas de transmissão transfronteiriças e internas que ajudarão a integrar Angola nas Power Pools da África Austral e Central e fornecer eletricidade ao Corredor Lobito Trans-Africa.

A USAID está a lançar uma nova subvenção de 1,5 milhões de dólares do Power Africa Opportunity Fund para fornecer equipamentos de irrigação e refrigeração alimentados por energia solar para apoiar as comunidades agrícolas ao longo do Corredor. Em setembro de 2024, o DFC comprometeu um empréstimo de 40 milhões de dólares à Africa GreenCo, uma empresa que opera na Zâmbia e está a expandir o acesso à energia renovável. A Africa GreenCo adquire eletricidade renovável através de acordos de compra de energia com produtores independentes de energia para vender na Southern African Power Pool, tanto para utilidades públicas quanto para compradores do setor privado. O apoio do DFC ajudará a fornecer um aprimoramento de crédito à Africa GreenCo, permitindo-lhe estabelecer um histórico como agregadora e comerciante de energia. Para acelerar o investimento privado em projetos de infraestrutura africana, e particularmente no Corredor Lobito, o Departamento do Tesouro dos EUA fará uma contribuição de 4,2 milhões de dólares à Aliança para Infraestrutura Verde em África (AGIA), através do Banco Africano de Desenvolvimento, um dos parceiros que colaboram no desenvolvimento do Corredor Lobito. A AGIA tem como objetivo mobilizar capital privado a uma taxa de 20 vezes as contribuições dos doadores, o que significa que a nossa contribuição deve catalisar aproximadamente 100 milhões de dólares para construir projetos de infraestrutura sustentável e de qualidade. Cadeias de Suprimento de Minerais Críticos A África desempenhará um papel central na transição energética global, e o Corredor Lobito Trans-Africa é rico nos minerais críticos que impulsionarão o século 21. Os Estados Unidos estão comprometidos em garantir cadeias de suprimento confiáveis, apoiando o desenvolvimento deste setor com processamento ambientalmente responsável para que mais valor seja capturado no continente. Através do projeto Kabanga Nickel, a LifeZone Metals Ltd., uma empresa listada na Bolsa de Valores de Nova York, está a investir para adicionar valor aos minerais críticos na Tanzânia. O apoio ao desenvolvimento da zona económica especial de Kahama, que incluirá uma instalação de processamento de níquel inédita na região, pode servir como um centro e local de treinamento para os tanzanianos que trabalham em toda a cadeia de fornecimento de energia limpa. Em Agosto de 2024, o DFC assinou uma carta de retenção com a Kabanga Nickel Limited, uma subsidiária da Lifezone Metals Ltd., para iniciar a due diligence sobre o seguro contra riscos políticos, para apoiar o local da mina subterrânea de níquel-cobre-cobalto Kabanga Nickel e o local da refinaria Kahama Hydromet. Em setembro de 2024, o DFC também assinou uma carta de intenções não vinculativa com a Kabanga Nickel Limited, expressando o interesse do DFC em considerar um possível empréstimo direto para apoiar o projecto. Os Estados Unidos e Angola estão a colaborar em investimentos fundamentados para avançar projectos de minerais críticos ao longo do Corredor Lobito Trans-Africa, através de assistência técnica para preparar novas operações para garantir financiamento futuro, seja por dívida ou por capital. Durante o Diálogo de Segurança Energética EUA-Angola em junho de 2024, o Departamento de Estado e Angola acordaram em elevar a nossa parceria em minerais críticos. Em Setembro de 2024, a Pensana PLC recebeu uma subvenção de 3,4 milhões de dólares do DFC para financiar um estudo de viabilidade para duplicar a capacidade da sua mina de terras raras de Longonio, projetar a capacidade de refinação interna e realizar testes em novos corpos de minério. O apoio inclui também uma subvenção de 3,2 milhões de dólares do DFC à Chillerton, para apoiar o desenvolvimento de um projeto de mineração de cobre verde na Zâmbia. A USAID, o Departamento de Estado e o U.S. Geological Survey (USGS) anunciaram 2 milhões de dólares em assistência técnica para o desenvolvimento e gestão responsável do setor mineiro de Angola. Em novembro de 2023, o USGS e o Instituto Geológico de Angola (IGEA) assinaram um MOU para melhorar a colaboração científica. Esta parceria promoverá a transparência e atrairá investimentos responsáveis para o setor mineral de Angola, através de um programa de três anos para analisar e interpretar dados geocientíficos recentemente adquiridos, a fim de documentar o potencial de minerais críticos de Angola, ao mesmo tempo que constrói capacidade no IGEA. Saúde Os Estados Unidos estão comprometidos em expandir o acesso aos cuidados de saúde e fortalecer a segurança sanitária, incluindo investimentos no âmbito do PGI em infraestrutura relacionada à saúde no Corredor Lobito Trans-Africa. Os Estados Unidos e Angola estão a trabalhar juntos para ajudar a acelerar o progresso no desenvolvimento de Angola, incluindo a mobilização de investimentos críticos na infraestrutura de saúde de Angola, através do PGI. Para apoiar as prioridades do governo angolano de forma fiscalmente responsável, o DFC comprometeu-se a fornecer até 150 milhões de dólares em seguro contra riscos políticos para novas plantas de tratamento de água, com o objetivo de expandir o acesso à água potável em comunidades carentes no sul de Angola. Isso expandirá ainda mais o portfólio de investimentos do DFC em Angola – mais de 700 milhões de dólares em compromissos – todos feitos durante a Administração Biden-Harris. Acesso Digital

O acesso à internet de alta velocidade e aos recursos digitais associados impulsiona a inovação tecnológica e econômica na África. Os Estados Unidos estão comprometidos em conectar cidadãos e empresas ao longo do Corredor Lobito Trans-Africa com tecnologia de fornecedores altamente confiáveis e respeitados. Em alinhamento com a iniciativa Digital Transformation with Africa, os Estados Unidos estão a investir na arquitetura digital de Angola, apoiando redes de telecomunicações confiáveis – usando fornecedores de tecnologia respeitados – que beneficiarão o povo angolano e melhorarão a conectividade digital de Angola com a economia global. O EXIM anunciou um compromisso preliminar e não vinculativo do conselho para fornecer 100 milhões de dólares de financiamento à empresa americana de telecomunicações Africell, para expandir o serviço celular sem fio de alta qualidade, confiável e acessível a todos os cantos de Angola e atualizar os equipamentos na RDC com tecnologia de fornecedores confiáveis. Isso complementa o lançamento pela USAID, em 2023, do projeto “Dinheiro Digital é Melhor” ou “Mobile Money is Better”, com Africell, para impulsionar o desenvolvimento de um ecossistema vibrante e seguro de dinheiro móvel e finanças digitais em Angola. A USAID e seus parceiros estão a conectar cerca de 12.000 novos usuários de telefones móveis à plataforma Afrimoney por mês, com 240.000 novos usuários a se juntarem em 2024. Combinado com o treinamento em alfabetização financeira e o envolvimento com o governo de Angola, a USAID e seus parceiros estão a quebrar barreiras e alcançar aqueles que antes estavam excluídos do sistema financeiro formal. Até agora, a USTDA forneceu 13,2 milhões de dólares em financiamento para preparar projetos digitais, de transporte e de energia limpa que ajudarão a desenvolver o Corredor Lobito Trans-Africa. Estas atividades foram projetadas para ajudar a desbloquear bilhões de dólares em financiamento e implantar tecnologias inovadoras dos Estados Unidos para a implementação do Corredor Trans-Africa. Em Novembro de 2024, a USTDA concedeu uma subvenção para um estudo de viabilidade à Javilian Civils (Proprietary) Limited para apoiar a implantação de fibra terrestre e infraestrutura de acesso, conectando locais no interior da África Central e do Sul com cabos submarinos ao longo da costa atlântica. O projeto aumentará a conectividade à internet em Angola, na RDC e em Namíbia. Em Abril de 2024, o Departamento de Comércio dos EUA liderou uma grande delegação intergovernamental à Conferência NewSpace Africa, realizada em Angola, representando o crescente interesse dos EUA na cooperação e no comércio relacionados ao espaço, e no envolvimento das nações africanas no desenvolvimento de normas para operações de satélites. Parte do Departamento de Comércio, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) oferece uma ampla gama de dados, informações e ferramentas de código aberto, disponíveis para ajudar empresas, comunidades e nações a lidar com a adaptação e mitigação das mudanças climáticas, aumento do nível do mar, inundações, monitoramento de recifes de corais e clima espacial, incluindo uma série de sistemas de alerta precoce para desastres meteorológicos, climáticos e hidrológicos. Investimento O PGI utiliza fundos públicos para desbloquear investimentos privados. No Corredor Lobito Trans-Africa, os Estados Unidos estão a apoiar o crescimento econômico sustentável, ajudando a garantir investimentos para empresas de vários setores e tamanhos. Em Setembro de 2024, o DFC comprometeu-se a investir 13 milhões de dólares em ações no African Rivers Fund IV, que apoiará pequenas e médias empresas em mercados emergentes da África Central e do Sul, incluindo Angola, a RDC e a Zâmbia. Para promover o investimento dos EUA em Angola, na RDC e na Zâmbia, o Prosper Africa está a fornecer cerca de 600.000 dólares em serviços de assessoria em transações para empresas ao longo do Corredor Lobito Trans-Africa. Estes serviços têm como objetivo conectar empresas locais, acelerar o progresso econômico e aumentar a participação local e regional na economia crescente ao redor do Corredor. Através da Iniciativa de Resiliência Econômica dos Estados Unidos, a USAID ajudará a avançar as oportunidades econômicas apresentadas pelo Corredor Lobito Trans-Africa para o crescimento inclusivo. Trabalhando com o Congresso, 4,5 milhões de dólares serão alocados para apoiar o desenvolvimento de força de trabalho que atenda às necessidades do setor privado e a industrialização de insumos e produtos agrícolas para mercados de exportação regionais ao longo do Corredor.


NOVA FUMETAL QUER TIRAR PROVEITO DO CORREDOR DO LOBITO

A empresa vocacionada na prestação de serviços como metalomecânica, soldadura industrial, serralharia e manutenção de equipamentos para a logística, mineração e transporte quer tirar proveito do Corredor do Lobito.

Texto: David Viegas (Jornalista) / Fotos: Arquivo F&N

Segundo o seu proprietário, o empresário Jamir Baptista, a integração da Nova Fumetal ao Corredor do Lobito pode trazer incentivos financeiros e oportunidades para modernizar as suas instalações e adquirir novas tecnologias. Para ele, isso não apenas vai melhorar a sua capacidade produtiva, mas também aumenta a s competitividade no mercado regional. “Com o envolvimento de empresas americanas, a Nova Fumetal pode atrair parcerias estratégicas para transferência de tecnologia, formação técnica e acesso a novos mercados. Essa conexão com parceiros globais pode alavancar a sua reputação e ampliar suas operações além das fronteiras nacionais”, disse. Reconheceu que os investimentos no Corredor do Lobito incluem o desenvolvimento de infra-estrutura logística, como portos, ferrovias e rodovias, essenciais para a exportação de recursos naturais e outros produtos. “A Nova Fumetal pode diversificar as suas actividades ao oferecer serviços de manutenção, fabricação de peças e suporte técnico para essas infra-estruturas”, assumiu.

Para Jamir Baptista, participar das actividades do Corredor permite à Nova Fumetal contribuir directamente para a criação de empregos e a capacitação da força de trabalho local, consolidando o seu papel como um agente de desenvolvimento económico na região. Alem disso, pode beneficiar-se de políticas de angolanização promovidas por investimentos estrangeiros no Corredor, garantindo contratos prioritários para empresas locais, especialmente em sectores de alto impacto, como o de metalomecânica. Segundo ele, “a empresa tem uma oportunidade impar de aproveitar os investimentos no Corredor do Lobito para se posicionar como um parceiro estratégico e essencial no desenvolvimento regional”. “A chave será alinhar suas capacidades e objectivos às necessidades do projecto, demonstrando o seu valor como uma empresa confiável e inovadora no sector industrial de Angola”, assegurou.

A posição estratégica da Nova Fumetal em relação aos investimentos no Corredor do Lobito, especialmente com o envolvimento dos Estados Unidos, oferece uma oportunidade única para a empresa capitalizar em diversos aspectos económicos e de infraestrutura. Jamir Baptista considerou que a visita de Joe Biden foi como um sinal de compromisso dos EUA com Angola, consolidando a sua posição como um parceiro estratégico tanto para a África quanto para a agenda global americana, onde o empresariado nacional sai a ganhar substancialmente, para o bem das populações. Disse ainda que, a presença de um presidente dos EUA em Angola indica uma intensificação do relacionamento político entre as nações, fortalecendo a posição de Angola como um parceiro estratégico para os Estados Unidos na África.

 

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