A 48ª edição do Campeonato Nacional de Futebol da Primeira Divisão, Girabola, está em disputa desde finais de Setembro, com uma novidade nunca implementada desde que o torneio começou a ser disputado em 1979.
Texto:António Félix⁄ Fotos: Arquivo F&N
A Federação Angolana de Futebol, em parceria com a Associação Nacional dos Futebolistas de Angola (ANFA) e a Associação Nacional dos Clubes de Futebol (ANCAF), que é uma das co-organizadoras da prova, assinaram um protocolo que visa combater práticas de corrupção no campeonato.
O inédito, traduz-se na implementação de um canal de denúncia, face ao rol de suspeitas e acusações, anónimas e públicas, que se têm verificado, manchando a credibilidade da prova, mas só com poucas severas punições.
O protocolo visa, como alvos, dirigentes e atletas, treinadores e árbitros envolvidos na prova. Para tal, foram instituídos dois terminais telefónicos que servirão de linhas directas de denúncias e recolhas de informações sobre eventuais actos de manipulação de resultados, ofertas ilícitos e outras “jogadas extra jogo” sem transparência.
O presidente da Federação Angolana de Futebol, Alves Simões, foi directo ao falar sobre a iniciativa: “O combate às ofertas, promessas de recompensas ou de qualquer outra vantagem financeira ou material para influenciar o comportamento dos intervenientes de modo a alterar o curso do jogo, fazem parte do protocolo”.
OUTRAS MEDIDAS – A Federação Angolana de Futebol através dos seus Conselho Central de Árbitros e Conselho de Disciplina, para evitar a falta de verdade desportiva em campo, propôs outras medidas voltadas para a atitude dos jogadores, quando protagonizados individualmente ou incitados a partir do banco.
A simulação de lesão por um jogador, para queimar tempo, forçará a sua equipa a jogar em inferioridade numérica durante pelo menos dois minutos, a serem rigorosamente cronometrados pelo quarto árbitro.
O jogador que, de propósito, atirar-se ao chão, se notado que repete este acto, deve ser expulso. O guarda-redes que sair da sua área e se dirigir aos seus colegas, simulando, assim, estar zangado com os mesmos colegas, também é expulso, assim como um “apanha-bolas” que retardar a reposição do esférico.
Nesta 48ª edição do Girabola nenhuma equipa está a competir com mais de 10 jogadores estrangeiros. Pretendiam este número, mas a Federação Angolana de Futebol reduziu para oito apenas.
Como nota de curiosidade, consta que, nesta edição, o jogador de maior idade é o guarda-redes do Petro de Luanda, Hugo Maeques, com 39 anos, e mais novo, Danilson Fernando, do Luanda City, que este ano fez estreia na prova com apenas 15 anos de idade.
O 1° de Agosto é a equipa mais regular. E está presente desde 1979. Foi tri-campeã (1979, 1980 e 1091), bi-campeã (1991 e 1992). Reafirmou em 1996, 1998 e 1999. Depois de alguns anos em “jejum” resgatou em 2006 e foi, seguidamente, tetra-campeã (2016, 2017, em 2018 e 2018/2019).
Neste edição, como estreante, está a formação do Guelson FC, que só existe há 15 anos, saindo da Segunda divisão onde (em terceiro) deixou cair o Ferroviário do Huambo. De resto, Carlos Alves continua até hoje insuperável na lista dos marcadores com 22 golos.
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