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Barragem de Caculo Cabaça: LEVAR ELECTRICIDADE E DESENVOLVIMENTO A MILHÕES DE ANGOLANOS

Escrito por figurasnegocios

Está em curso no país, na província do Cuanza Norte, a construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo Cabaça, enquadrado na carteira de projectos prioritários do Ministério da Energia e Águas.


 

Este que é a todos os níveis, um mega projecto que pretende revolucionar o sector eléctrico nacional, tem uma capacidade prevista de 2.172 MW de potência, sendo 2.120 MW da central principal e 52 MW da central de caudal ecológico. Neste momento, o desvio provisório do rio foi concluído com sucesso e decorrem trabalhos de construção civil e de equipamentos electromecânicos, da empreitada principal. A barragem está localizada no troço médio do rio Kwanza, sendo que, em termos de concepção geral do projecto, o mesmo compreende uma barragem no rio Kwanza, no quilómetro 289, uma central hidroeléctrica em caverna e um circuito hidráulico subterrâneo em túnel que se desenvolve em mais de 5 quilómetros, na margem esquerda. Vai armazenar, na albufeira, um volume total de 436 hm3 de água. O empreendimento será equipado com 4 grupos, cada com uma potência instalada de 530 MW e uma central ecológica munida de 1 grupo, com 52 MW. O avanço físico da empreitada ronda os 33 %. A barragem de Caculo Cabaça, quando estiver em pleno funcionamento, vai, inevitavelmente, aumentar a fiabilidade da rede interligada, injectando potência e qualidade no que já existe, ao nível de todo o território nacional, aumentando a capacidade do sistema. Vai ainda, tendo em conta a sua envergadura, exportar energia aos países vizinhos, aumentando receitas para os cofres públicos. Vai, igualmente, alavancar a industrialização do país, com energia limpa e amiga do ambiente. Este empreendimento vai permitir que se leve energia da rede nacional à região leste, que hoje enfrenta dificudades de acesso à energia eléctrica, usando fontes térmicas, caras de manter e inimigas do ambiente. Outro ponto forte desta obra, é a vertende socioeconómica, visto que, havendo electricidade, surgem, de forma rápida, negócios, indústrias e muitos outros pontos que dinamizam as economias locais, gerando empregos e elevando o nível e qualidade de vida dos cidadãos.

Em termos de responsabilidade social, este projecto pretende participar directamente no desenvolvimento das comunidades vizinhas do mesmo, sendo que já beneficia, neste momento, com atendimento ambulatório e assistência medicamentosa, realizando campanhas de prevenção de diversas doenças, como a malária. Fornece, de igual modo, água potável às comunidades, realiza um programa social de alfabetização nas comunidades, tendo instalado espaços de desporto e lazer em várias zonas. Ao longo do projecto, em fases posteriores, estão previstas mais acções, como por exemplo, a electrificação de comunidades vizinhas, nomeadamente Quindongo, Mukila e Kissuba, para além de importantes e impactantes progaramas de capacitação profissional de jovens e distribuição de kits para a promoção do auto emprego e empreendedorismo.

Prevê-se que entre em funcionamento total, com os 4 grupos em pleno, em 2029. No entanto, importa referir, que os grupos serão injectados na rede nacional de forma paulatina, aumentado, automaticamente, a potência da rede e, desta forma, fornecendo mais e melhor energia para os angolanos, indo ao encontro da estratégia e prioridade do Executivo, direccionada à universalização do acesso à electricidade.

Um dado importante e de extrema relevância está relacionado com a mão de obra e criação de emprego presente no âmbito da empreitada, que torna o projecto possível, tendo, neste momento, cerca de 3.700 colaboradores comprometidos com a construção da barragem. Prevê-se, numa fase mais avançada, que este número atinja cerca de 6.000 colaboradores jovens absorvendo mão de obra local e não só, que é deveras importante para a dignidade dos mesmos.

*Gabinete de Tecnologias de Informação, Comunicação Institucional e Imprensa do Ministério da Energia e Águas.

 

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