Uma das mais consagradas personalidades literárias da língua portuguesa, o escritor e jornalista Arnaldo Santos comemorou, a 14 de Março, 90 anos. O autor, entre outras, da obra “A Casa Velha das Margens” nasceu na Ingombota, em Luanda, em 1935.
De nome completo Arnaldo Moreira dos Santos passou a infância e a adolescência no bairro do Kinaxixi, topónimo que ocupa um lugar privilegiado na sua produção narrativa. É membro fundador da União dos Escritores Angolanos, a primeira instituição cultural do país após a Independência, instituída a 10 de Dezembro de 1975.
Arnaldo Santos possui um rico percurso na literatura e no jornalismo: Destaca-se a sua passagem na imprensa escrita, tendo desempenhado cargos de relevo no grupo Edições Novembro, precisamente na revista Novembro e no Jornal de Angola.
A sua relação com a imprensa remonta, ainda, do final dos anos 1950, quando integra a plêiade “Grupo de Cultura”. Tem passagens pelas históricas publicações periódicas luandenses, entre as quais a revista Cultura, da Sociedade Cultural de Angola.
Publicou, igualmente, nas revistas ABC e Mensagem, esta última da Casa dos Estudantes do Império, em Portugal. A sua produção literária traduz-se na poesia e na prosa, em obras como Fuga, Poemas no Tempo, Prosas, Quinaxixe, A Boneca de Quilengues, Tempo de Munhungo, A Casa Velha das Margens, O Vento que Desorienta o Caçador, O Mais-Velho Menino dos Pássaros, entre outras obras. Em 2004 foi distinguido com o Prémio Nacional de Cultura e Artes, o mais reconhecido do Estado angolano no domínio da cultura.
Arnaldo Santos representa o topo da pirâmide da arte das letras angolanas, como António Agostinho Neto, António Jacinto, Mário Pinto de Andrade, Viriato da Cruz, Uanhenga Xitu, Luandino Vieira, António Cardoso, Manuel Rui, Pepetela, e outros, cujas histórias não se limita na literatura. . (In: VM.).
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