A decisão do Tribunal Constitucional que levou à legalização do PRA-JA, considerada súbita e/ou inesperada tendo em conta uma tendência anterior de sentido contrário, foi “orientada” pelo gabinete presidencial. Os seus mentores, entre os quais CARLOS FEIJÓ, associaram à medida “potencial” para provocar na FPU atrição suficiente para provocar o seu fim.
Entre os desenvolvimentos por que já passou o processo de legalização do PRA-JA, é considerada especialmente delicada uma proposta do seu líder, ABEL CHIVUKUVUKU (AC) tendo em vista a transformação da FPU numa coligação formal de partidos, abandonando assim a personalidade de plataforma eleitoral. A fraca aceitação de que a proposta aparentemente goza na UNITA é vista como um foco de divergências.
O cenário de uma ruptura da FPU, a que se julga que tais divergências podem conduzir, é agravado por factores entre os quais avultam a dificuldade que ADALBERTO COSTA JÚNIOR (ACJ) teria para impor a aceitação da proposta no seu partido, a UNITA, e a estreita margem de recuo de que AC dispõe para prescindir da mesma.
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