Desporto

Jovem Marcos Santiago: NOVO “HOMEM MAIS RÁPIDO” DO PAÍS JÁ CORRE À VELOCIDADE DE 21 SEGUNDOS

Escrito por figurasnegocios

Velocidade de 21 segundos e 5 décimos O novo corredor mais rápido do país já tem rosto e marca. Marcos Santiago, um jovem que emerge na nova falange de praticantes de atletismo, enchei o peito no final deste mês de Agosto e foi a Budapeste (Hungria) fixar o novo recorde nacional em exactos 21 segundos e 5 décimos na distância de 200 metros planos.


Com apenas 19 anos o jovem que procura atingir mínimos exigidos pela Federação Internacional de Atletismo Amador (IAAF), no sentido de estar apurado para os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024 participou num “meeting” naquela cidade húngara onde corou a meta no sétimo lugar da terceira série preliminar dos mundiais que decorrem lá.

O seu feito supera em 10 centésimos o recorde nacional sénior que pertencia ao Afonso Ferraz, estabelecido em Braga, Portugal, em 1992.

É uma marca que galvaniza o corredor, presente no evento a convite da World Athletics, depois do mesmo se ter classificado recentemente com quinto melhor tempo dos 200 metros planos durante o Campeonato Africano Júnior masculino organizado pela Confederação Africana de Atletismo em Ndola, Zâmbia.

O presidente da Federação Angolana de Atletismo, olhando para a marca e idade do jovem corredor lançou um recado paras as autoridades desportivas do país ao aludir que já é tempo do mesmo partir para outro país, no sentido de trabalhar num ambiente com melhores condições, em vez de continuar em Angola onde sequer existe uma pista de tartan que falta no país e outros equipamentos como um ginásio em condições.

“Ele está inscrito para uma bolsa da Solidariedade Olímpica, a fim de trabalhar num centro mundial de alto rendimento”, disse.

Praticantes da modalidade e formadores, comentando o desempenho do agora actual atleta mais rápido do país na distância dos 200 metros, consideram que existe de facto matéria humana no país que, apesar das fracas condições de trabalho, pode ser trabalhada e voltar ser uma modalidade que dê bons resultados e alegrias ao país.

O atletismo, note-se, é a modalidade que deu ao país a primeira medalha (bronze) na pessoa do então velocista Alfredo Melão nos Jogos Universitários realizados em 1979 no Quénia, uma proeza a que se juntaram outras emoções como as proporcionadas por Aurélio Mity, que venceu a São Silvestre em 1996 e  João Ntyamba1999 que, este que nos Jogos Olímpicos do ano 2000, na Austrália, ficou em os 20 vinte classificados da maratona.

Marcos Santiago foi lapidado da mesma forma como está, agora, a acontecer com um ambicioso  projecto de massificação e descoberta de novos talentos no atletismo, ambos os sexos, que envolve crianças compreendidas entre os 7 aos 17 anos, implementado na aldeia do Gundu, que dista a 32 quilómetros do município de Caconda, província da Huíla, por obra de Artur Santiago, um  antigo fundista do 1º de Agosto.

Os frutos podem ser já para breve, num universo de 107 crianças que aderem ao projecto, das quais 27 têm idades de 7, 8 e 10 anos com oportunidades de alcançarem metas reconhecidas no mundo, treinado três vezes por dia e já com jovens – de 14 até 16 anos, a treinar para competir em campeonatos nacionais.

A iniciativa de Artur Santiago, também está a merecer referência e destaque o trabalho que decorre na Escola de Atletismo de Cacuaco que acolhe mais de 120jovens, de ambos os sexos, que treinam diariamente sob a orientação do categorizado professor José Manuel.

A Federação Angolana de Atletismo e o Ministério da Juventude e Desportos são chamados, igualmente, a olhar de outra forma o atletismo, uma modalidade que pode dar muitas medalhas para o país se deixar apenas de pensar que a “bola” está apenas do lado dos dirigentes dos clubes, associações e escolas.

O que se pretende é que se resgate os bons sinais proporcionados para a modalidade por muitos dos antigos presidentes que passaram lindamente pelo organismo reitor da modalidade no país.

São os casos de Matos Fernandes, que foi o primeiro líder da então Escola dos Coqueiros, que, em 1979, serviu de trampolim para dirigir a Federação Angolana de Atletismo.

Seguiram-se Fausto Quadros, Mário Torres, João Teixeira, José Paím, Gildo Coelho da Cruz, Carlos Teixeira, Carlos Rosa e Bernardo João.

Deste grupo, das avaliações que se podem fazer, é que sem dúvidas, em termos de gestão desportiva, os melhores mandatos foram obtidos por Matos Fernandes e Mário, cujos reinados foram coroados com muitos dos recorde que perduram até hoje.

Segue-se, o já falecido presidente João Teixeira, último que exerceu o cargo por nomeação do Ministério da Juventude e Desportos, pois, a partir de 1996, passou a ser por via de eleição processo que perdura até hoje.

É de resto um conjunto de expectativa e esperança que paira no seio do atletismo, que ainda tem muitos recordes nacionais por ver cair e, assim, obter atletas que levantem o nome de Angola em África e no Mundo.

Até ao momento, note-se, em 40 anos ” a correr”, Angola apenas tem um campeão africano. Trata-se de António Santos, então atletas do 1º de Agosto, que servindo a selecção nacional, conquistou, em 1988, o título africano no triplo salto durante os campeonatos africanos diputado em Annaba (Argélia).

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