O Petro de Luanda saiu incólume da terceira janela Liga Africana de Basquetebol (BAL), que decorreu de 26 de Abril a 6 de Maio, no Complexo Desportivo Coberto Hassan Mostafa, para a chamada Conferência do Nilo, onde, orientados pelo técnico José Neto superou com mérito e astúcia competitiva todos os clubes adversário em competição.
Por: António Félix / Fotos: Arquivo NET
Trata-se, nomeadamente, o Al Ahly (Egipto), Ferroviário Beira (Moçambique), Cape Town Tigers (África do Sul), City Oilers (Uganda) e Seydou Legacy Athletic Clube (Guiné).
Diante destes adversários a equipa angolana foi tida como um adversário temível, algo sempre a abater na quadra, dado o conhecimento que as equipas técnica adversárias já conservavam dos tricolores.
Era o caso particular dos anfitriões, Al Ahly, orientado pelo técnico espanhol Augustí Julbe Bosch, que deu, em 2021, um título da BAL ao Zamalek.
Mas o Petro de Luanda, que naquele ano (2021) ficou em terceiro lugar, e, em 2022 no lugar, finalista vencido, apresentou-se como o grande favorito desta Conferência do Nilo, com equipa que vinda bastante rodada do campeonato nacional, BAI-Basket para confirmar o seu estatuto, com um grupo de jogadores
formado por internacionais angolanos e marfinenses, entre outras nacionalidades.A armada petrolífera, realmente prometia,
Tinha nas suas fileiras Carlos Morais, Childe Dundão, Souleymane Diabaté, Ater Majok, o marfinense Souleymane Diabaté que já venceu a BAL duas vezes com Zamalek (2021) e US Monastir (2022), mas, foi na verdade peça fundamental no jogo interior e exterior, para nos triunfos do Petro um senhor da “bola ao cesto” chamado Carlos Morais.
A sua glória e história, agora já aos 37 anos, mostram que ainda é brilhante. Num dos jogos decisivos, contra o Al Ahly anotou 34 pontos, 6 ressaltos, 2 assistências, para a vitória da sua equipa, por 91-90.
O tetracampeão africano pela selecção angolana, o jogdaor ainda entrega as receitas de longevidade à «uma discussão taco a taco com grandes jogadores.
Por exemplo, nesta Conferência do Nilo, este inoxidável Carlos Morais, cruzou um dos filhos Dwayne Wade estrela da na NBA. Como se sabe, o angolano assinou, em 2013, com o Toronto Raptors, enquanto o americano esteve com o Heat. Encontraram-se, pela primeira vez, em 2008, durante os Jogos Olímpicos da China. Wade marcou 19 pontos e os Estados Unidos venceram (97-76), mas Morais foi o artilheiro daquele jogo com 24 pontos.
Carlos Morais, o MVP do Afrobasket de 2013, jogou agora no último jogo co Al Ahly, da Conferência do Nilo, frente ao filho de Dwayne, Zaire Wade, e nesse dia Carlos Morais recordou o duelo com Wade/Pai.
“Eu era fã de muitos jogadores que estavam naquela equipa e Wade era um deles. Para mim, foi um momento surreal, mas minha mentalidade era aproveitar o momento e competir2, disse ao jovem.
Durante o jogo o líder do Petro marou 34 pts, 6 ressaltos e 2 assistências) em 35 minutos de jogo. Teve 50% a 2 pts, 8 de 12 a 3 pts (66%,11 de 18 em lances livres (61% ), ou 57% de sucesso no lançamentos.
Portanto, em cinco partidas disputadas saiu sempre vitoriosa, demonstrando assim toda a sua superioridade e termos de basquetebol colectivo e individual .
Com o registo de cinco partidas e igual número de vitórias, uma prestação inédita da equipa angolana na fase preliminar da competição a nível de clubes no actual formato, o balanço é positivo.
Começou por vencer o City Oilers do Uganda, por 89-71, posteriormente vergaram o Ferrovia da Beira de Moçambique e Cape Town Tigers da África do Sul, por 101-76 e 87- 48, respectivamente. Antes do “duelo de gigantes”, com os anfitriõe (Al Ahly), na quarta jornada o embaixador angolano vergou, por 95-78, o Seydou Legacy Athlétique Club da Guiné Conacri.
Deste modo, o campeão nacional terá pela frente a partir do dia 21 de Maio, em Kigali, Rwanda, palco da fase final da prova, pela terceira vez consecutiva, para a Conferência Sahara, onde estarão presentes o Stade de Bamako do Mali, As Douanes do Senegal, o Reg do Ruanda e o ABC de Abidjan da Côte D’Ivoire
Para o Rwanda o técnico José Neto está, por enquanto, a trabalhar com Gerson Domingos, Childe Dundão e Solo Diabaté (bases); Carlos Morais e Gerson Gonçalves “Lukeny” (extremos/base); Pedro Bastos e Glofate Buiamba (extremos); Boubakar Gakou (extremo/poste) e Jone Pedro, Ater Majok e Damian Hollis (postes).
O director para o basquetebol do Petro de Luanda, Divaldo Mbunga, disse que a equipa, durante os 15 dias de preparação, não realizara estágio algum, nem mesmo jogos de controlo porque as equipas nacionais estão de férias nessa altura.
Tal se deve ao facto de o regulamento da competição, as equipas que disputam a BAL não poderem realizar estágios pré-competitivos, daí a razão do campeão nacional permanecer no país até ao dia do embarque para o palco da final da prova. Mas o conjunto regressou motivado por culpa da boa campanha protagonizada no Cairo onde passeou classe.
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