O novo romance do escritor angolano, Jorge Arrimar chega ao mercado sob chancela da editora Guerra e Paz com o apoio do grupo angolano O Regente e da Academia de Autores da Huíla. O Cuéle- O Pássaro é fruto de uma pesquisa linguística e cultural do sudoeste angolano, reflectindo a riqueza da miscigenação do português com as línguas nativas.
O novo livro de Jorge Arrimar tem como no centro desta obra António José de Almeida, um dos mais relevantes moradores do Humbe e da Chibia, nascido na Caconda, em 1856, numa obra que o autor classifica como de resgate literário ao esquecimento.
Regressando à infância, Jorge Arrimar, descreve José António Lópes como um notável e corajoso morador de vários locais do planalto, entre o Lubango e o Humbe. Foi igualmente oficial da segunda linha.
Homenageado com as mais altas condecorações do Estado, António José de Almeida, na sua época, foi referido como o homem mais rico do sul de Angola, em riqueza material e humana, contava o avô do autor da presente obra.
De acordo com Jorge Arrimar, o Cuéle, o pássaro de canto trocista, a história se mistura com a ficção, fazendo da realidade apenas um ponto de partida para a literatura.
Na presente obra, o autor faz uma viagem onírica, numa condensação metafórica dum tempo em que esta narrativa se amarra.
O Cuéle-O Pássaro Troçador, nasceu da recolha de vestígios escritos ou conservados apenas na oralidade. A obra inclui igualmente notas históricas e um glossário final com os termos originários de línguas nativas africanas como: africânder, ambó, ganguela, herero, kimbundo, nhaneca e umbundo e também tupi de origem brasileira.
Quem é Jorge Arrimar?
Angolano de gema, Jorge Arrimar tem na sua prateleira seis livros de ficção e onze de poesia publicados. O declamador de poesia foi director da biblioteca nacional/central de Macau, na região autónoma da China quando ali residia. Foi distinguido com a medalha de mérito cultural pelo governador de Macau.
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