Por Vítor Norinha
vnorinha@gmail.com
As informações relativas a insolvências mundiais nos primeiros rês trimestres de 2025 indicam um aumento acumulado de 5% para este ano em face do ano anterior. Para 2026 o segurador Crédito y Caución espera um aumento menor, cerca de 3% relativamente a 2025. A explicar este movimento de fecho de empresas em todo o mundo está a incerteza política e as tensões comerciais que resultam num crescimento económico mundial mais fraco do que o esperado. A saúde financeira das empresas poderá já ter-se adotado em 2026 a este tipo de incertezas e volatilidade, indicam as mesmas fontes. As insolvências em 2025 são significativas em Singapura e no Brasil, e na Europa é a Alemanha que apresenta os maiores problemas.
As projeções para 2026 é de que as insolvências globais possam situar-se num aumento de 3%, muito embora países da Ásia Pacífico possam sofrer mais e nesta região o aumento em 2026 vs 2025 é da ordem dos 7%.
Durante 2025 na Europa e para além da Alemanha há desempenhos maus das empresas na Áustria, Finlândia, França, Irlanda e Suécia, enquanto em Espanha a projeção de um aumento de 2% está abaixo da média do continente. Em contraste, Portugal viu as insolvências reduzirem-se 8% em 2025 e para 2026 o número de insolvências deverá progredir apenas 1%.
Os maiores problemas mundiais relacionam-se com a evolução da guerra tarifária, embora as economias já se tenham adaptado, dentro do modelo que conhecem. As empresas aceitaram o aumento dos stocks e a redução de lucros, evitando repercutir o impacto da subida das tarifas na integralidade nos produtos finais. Os analistas da Crédito y Caución esperam um impacto grande dos preços nos EUA.
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