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Eventual eleição de Trump nos EUA fará o comércio mundial de bens cair 4%

Escrito por figurasnegocios

O trabalho é dos analistas do segurador Credito y Caución que concluem que uma hipotética segunda presidência de Donald Trump, em 2029, fará o comérico mundial de bens cair 4%, em comparação com uma hipotética presidência de Kamala Harris. E isto tudo porque perante uma política protecionista dos EUA, tal como Trump tem vindo a prometer na campanha eleitoral marcada para  o final deste mês de novembro, os exportadores norte-americanos seriam aqueles que mais sofreriam devido às tarifas retaliatórias e à queda da procura externa, com quedas nas vendas da ordem dos 12%. Claro que estamos a falar de cenários.

Dizem ainda os mesmos analistas que, a curto prazo, o México sofrerá as consequências mais graves num cenário de protecionismo agressivo, a par da incerteza nas relações com o Canadá, pois o acordo comercial EUA/Canadá terá de ser renovado em 2026. A longo prazo será a China a potência mais perdedora com quedas de 5,8% das suas exportações em face dos níveis actuais, enquanto os países asiáticos emergentes, como Vietname e Índia, poderão beneficiar a longo prazo com a perda de encomendas feitas à China mas, ainda assim, estarão também sujeitos a restrições.

Recorde-se que a administração norte-americana irá manter as políticas comerciais protecionistas que iniciou em 2018, quando abriu uma guerra comercial com a China, independentemente de quem ganhar, Harris ou Trump. No peso das importações dos EUA, a China caiu de 22% para 14%, sendo as importações compensadas pela União Europeia (UE), México e alguns países asiáticos. Trump quer o regresso ao protecionismo agressivo que impôs no seu primeiro mandato, sendo que tem uma proposta actual de impor uma tarifa de 60% sobre as importações chinesas, a par de uma tarifa alfandegária mínima sobre todas as importações, independentemente do país. Acontece que esta tarifa universal que pretende impor, caso ganhe a presidência dos EUA, vai afectar as importações de todos os países, e haverá um impacto no crescimento do comércio mundial, com esperadas medidas de retaliação da UE e dos países do sudeste assiático, caso do Vietname, Índia e Tailândia. Kamala Harris mantém igualmente políticas protecionistas, pois quer criar cadeias alternativas de abastecimento da China, mas faz exigências a nível de regulamentações de direitos laborais e ainda obrigações ambientais. A Credito y Caución aconselha as empresas importadoras de todo o mundo a diversificarem as cadeias de abastecimento para se protegerem perante o crescente protecionismo dos EUA.

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