Ponto de Ordem

RECONCILIEM-SE MEUS SENHORES !

Victor Aleixo
victoraleixo12@gmail.com

Uma vez mais, a problemática de reconciliação dos angolanos surgiu a baila sem contudo acusar-se os mentores dos movimentos de libertação de Angola das grilhetas do colonialismo português. Na verdade, foram os hoje partidos MPLA, FNLA e UNITA os mentores da divisão do povo angolano na perspectiva de eles, expulsados os colonialistas, pretendem governar sozinhos, tendo cada um ideologia política para mobilizar os apoiantes, mormente os kimbundos, do MPLA, os kikongos (bakongos) da FNLA e os sulanos da UNITA.

E esta questão que divide o povo angolano que está carente de amor ao próximo, de harmonia na sociedade, do direito de felicitar ou criticar alguém angolano como todos que constituem a nação. É a mentira que impingiram ao povo sobre a libertação de Angola que, afinal, somos divididos e maltratados pelos políticos que nos cercam.

Não adianta aos políticos que nos governam ou na oposição gritarem ao povo para reconciliarem-se porque são eles, do MPLA, FNLA e da UNITA que têm de reconciliar-se para que esta terra, Angola, deve crescer e se desenvolver com sustentabilidade. Angola tem toda riqueza humana que, não dividida, engrandece a nação.

Por exemplo, o Presidente da República, João Lourenço nas condecorações de figuras angolanas e estrangeiras que contribuíram pela independência de Angola, pelo seu desenvolvimento e pela paz, ao citar Agostinho Neto, Holden Roberto e Jonas Savimbi como artífices da independência de Angola lançou uma lança para alguns militantes do MPLA sobretudo discordarem pelos dois presidentes respectivamente da FNLA e da UNITA. Consideram os militantes do MPLA que os dois nacionalistas são “traidores do povo angolano”.

Essa é a consequência que causaram os mentores da independência nacional na perspectiva de eliminar parceiros na luta pela reconstrução do País.

Não pode ser, meus senhores. Reconciliem-se primeiro e sobretudo porque o povo, que é unido e organizado vão para além da vossa reconciliação, vão demonstrar à solidariedade e a irmandade na nação. De Cabinda ao Cunene.

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