Por Vítor Norinha
A Galp vai dar um salto na capacidade de produção de hidrocarbonetos no Brasil ao arrancar com a produção no PFSO Bacalhau. Com efeito, o consórcio que integra a Galp, a Equinor como operador, a ExxonMobil e o PPSA, parceiros no desenvolvimento das concessões offshore BM-S-8 e Carcará Norte, no pré-sal da bacia de Santos, Brasil, vai tornar-se uma das maiores unidades do mundo em operação, com capacidade de produção de 220 mil barris/dia. As reservas recuperáveis estimados são mais de mil milhões de barris, e a concessão irá contribuir com cerca de 40 mil barris/dia de óleo para o total da produção da Galp quando a unidade atingir o plateau, indica uma nota oficial.
Isto significa que a Galp irá produzir no Brasil mais 30% do que na atualidade e tornará a empresa de capitais portugueses no 5º maior produtor de petróleo do Brasil.
Adianta a mesma nota que que a Equinor é o líder do projeto Bacalhau com 40%, o mesmo nível da ExxonMobil, mas a Galp é a única entidade que assinou o contrato de concessão original do BM-S-8 há 25 anos, detendo 20% do projeto através da Petrogal Brasil, uma joint-venture com a Sinopec (Galp com 70% e Sinopec com 30%). Neste projeto também é parceira a empresa estatal PPSA. Refere o CEO da Galp Brasil, Paula Pereira Silva que este projeto “demonstra o compromisso de longa data da Galp e a confiança que depositamos no potencial geológico do Brasil”.
De realçar a nível ambiental que este projeto conta com um sistema inovador de ciclo combinado a gás natural que permite uma intensidade de emissões de CO2 próxima de nove kg por barril, cerca de metade da média da indústria. A unidade para a extração tem 370 metros de comprimento e 64 metros de largura, e está localizada a 185 km da costa de Ilhabela, em S. Paulo, em águas ultraprofundas com mais de dois km e lâmina de água. Esta infraestrutura deverá gerar 50 mil empregos ao longo dos 30 anos de vida útil.
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