Economia & Negócios

Queda das economias da América Latina e Caribe

Escrito por figurasnegocios
Vítor Norinha
vnorinha@gmail.com

 

As economias da América Latina e do Caribe são as menos pujantes entre os mercados emergentes e com maior dificuldade perante a turbulência do comércio internacional, refere um recente estudo do segurador espanhol Crédito Y Caución. Uma das economias que está a sofrer mais é a do México e em que 80% das exportações de bens são enviadas para os EUA, um envolvimento que representa quase 28% do seu PIB (Produto Interno Bruto).

Globalmente as economias destes mercados emergentes crescerão apenas 2,1% este ano e 1,8% em 2026, segundo a mesma fonte. Esta dinâmica coloca estes países como os de mais fraco crescimento nos mercados emergentes. As razões são conhecidas e prendem-se com as mudanças das políticas dos EUA, com destaque no impacto sobre o México e que afeta todo o continente. Este país cresceu apenas 1,2% em 2024, refletindo guerras comerciais que se avizinhavam para 2025, sendo que as tarifas aduaneiras para entradas nos EUA eram de praticamente zero e passaram para 9,5%.

O Brasil e a Argentina estão a sofrer com a volatilidade dos preços do petróleo e a fraqueza da divisa americana, e embora se possa pensar que a descida do preço do crude possa ser um benefício, há que pensar que o México é produtor e isso é altamente negativo para este país. Por seu lado, a Venezuela sofre com a volatilidade do preço do crude mas, sobretudo, com a ameaça que a administração americana está a deixar implícito de que irá impor tarifas de 25% aos países importadores de petróleo venezuelano. A reação do país foi a redução da produção por existirem menos compradores, a par da redução das reservas cambiais e uma nova depreciação da moeda, com consequência a nível do aumento da inflação. Os vários países da América Latina estão a reforçar os quadros regulatórios e a flexibilizar os regimes cambiais, o que de acordo com a nossa fonte, constituem medidas corretas para mitigar os efeitos de quebra do PIB.

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