Figuras de Jogo

Sobre Angola: “A QUESTÃO É ESPERAR”

Por: António Félix
felito344@yahoo.com.br

Angola, uma presença constante nos Afrobasket, mas que está, por esses tempos, em busca de renovação de conjunto coeso e ganhador e, por via disso, e do resgate da sua mística de “jogo jogado” que electriza(va) adversário com relativa facilidade; que até já esteve de forma consecutiva seis vezes em campeonatos do Mundo, para não contar os Jogos Olímpicos, conseguirá manietar em casa os candidatos que aqui aportarão, vindo fora de portas?

Para mim, fica muito, mas muito difícil mesmo, responder a esta indagação com precisão, como era possível no passado. Fundamento: no que à selecção diz respeito, temos uma equipa em processo de renovação.

Arrisco, por isso, considerar que, mesmo sendo em casa, em termos de posse de valores e argumentos técnicos, talvez preferível é dizer sem paixão que Angola entrará em prova na condição de anonimato.

É claro que há gente que não alvitra o que antevejo aqui.

E porquê, porque basear-se-ão no facto e “romantismo” de Angola ser  a nação mais vitoriosa do basquetebol masculino ( com11 títulos) em África.

Bom, se este rótulo for bastante para fazer correr tudo em beleza e Angola conquistar a prova. Ou não o conseguindo (título), poder obter, pelo menos, o apuramento ao Mundial de 2027 no Qatar, haverá motivos para dizer, no final… valeu a pena o investimento!

Se, pelo contrário, a selecção “ficar a ver navios”, impotente em campo, soçobrar na corrida ao título, lições deverão ser assacadas para perceber o que estará na base do declive; do resvalo do poder, que já teve o basquetebol angolano, embora, como muitas vezes já frisei, vários agentes da nossa bola ao cesto identificaram já há muitos anos.

Um deles é o jornalista Arlindo Macedo que, não tendo sido nunca, nem treinador, nem atleta, nem dirigente, mas apenas um atento profissional ao serviço de média desportiva e não só, que conhece o “ADN” do basquetebol angolano, disse, uma vez o seguinte:

“Os Angolanos, pelas características antropométricas, têm um basquetebol característico, mas os treinadores que vêm de fora entendem que não eles a submeter-se a tal, mas o inverso, daí descaracterizarem a nossa forma de jogar”.

Verdade ou mentira, eu, e mais gente, tirará a “prova dos noves” no “Day After” deste Afrobasket´2025 para o qual Angola investiu 30 milhões de dólares.

A questão é esperar.

 

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