Taylor Swift mais do que a música pode fazer eleger o democrata Joe Biden nas presidenciais dos EUA. Recentemente vimos a cantora norte-americana a atrair 1,5 milhões de fãs no final da digressão mundial que terminou no Rio de Janeiro, Brasil. Mas se a cantora e o namorado atraem milhões para os eventos, também é verdade que inflacionam o mercado. No entanto, aquilo que nos interessa saber é se também podem reorientar as eleições do país que é a maior potência mundial e, desta forma, influenciar o destino do mundo.
Por: Vítor Norinha (Jornalista) / Foto: Arquivo NET
Vamos ver como isso pode acontecer e tomamos por base um relatório interessante da corretora de mercados financeiros XTB que fez uma análise publicada em Lisboa. Em primeiro vamos ver a inflação, algo que a Europa e os EUA estão a tentar contrariar com medidas de política monetária, mantendo elevadas as taxas de juro directoras, podendo a Europa descer essas taxas em Junho, embora ainda sem confirmação final. É verdade que os concertos de música da estrela pop mundial fazem disparar os preços nos hotéis, na alimentação e nos combustíveis nas cidades por onde passa.
Mas os líderes mundiais já perceberam a sua capacidade de influência via espectáculos e via redes sociais e, por isso, há líderes políticos que pedem a sua ajuda para levar os jovens a votarem nas eleições americanas ou nas eleições para o parlamento europeu. E aqui os analistas da XTB interrogam-se se ele tem capacidade de persuasão ou se os jovens e a sociedade em geral europeia e norte-americana se mantém alheada da realidade política. Aquilo que vemos nos EUA é movimentos nas universidades norte-americanas de apoio à causa palestiniana e do lado os movimentos de apoio à causa sionista. Logo, a política está na ordem do dia e tem capacidade para influenciar as economias.
Ora, é relevante para o mundo aquilo que irá acontecer nas eleições dos EUA em Novembro e onde estão em lados opostos o ex-presidente Donald Trump e o actual presidente Joe Biden. Taylor Swift ajudou os Democratas de Biden e já admitiu a sua preferência por este lado da política e já tinha dado indicadores a favor de Biden em 2020 e recentemente nas primárias de Março. E Taylor Swift poderá ter a ajuda do namorado, a estrela do futebol norte-americano, Travis Kelce, caso este se decida por igualmente apoiar Biden.
Revela a corretora XTB que da análise das estatísticas mais recentes da empresa de estudos de opinião YouGov e que foram citadas no jornal espanhol El Pais, cerca de um terço dos cidadãos norte-americanos gosta da música de Taylor Swift, e 6% dizem ser fãs “devotos”, e até 19% deles dizem que votariam na cantora se esta se candidatasse à presidência norte-americana. Diz ainda o estudo que os Democratas são os principais fãs da artista, cerca de 49%, enquanto apenas 26% dos Republicanos disseram ser fãs da artista.
Ora os mais recentes dados sobre as próximas eleições americanas dizem que Biden pode ganhar pela escassa margem de 1%, algo que não deixa de ser surpreendente pois há insatisfação com as políticas adoptadas pelo executivo de Biden. Ora com uma margem tão estreita entre os dois candidatos a influência de uma estrela pop pode ser decisiva na tendência final da votação. A política está a ser servida em eventos.
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